Soube há pouco tempo que os funcionários do Grande Hotel das Termas de Luso temem pelos seus postos de trabalho. Isto porque, segundo algumas fontes internas, a administração do Hotel diz que, se este não gerar a receita esperada, poderá vir a encerrá-lo.
Sintomático disto, terá sido o alegado aviso feito pelos responsáveis a um grupo de convivas de "Familias Numerosas" que recentemente encheram o Hotel, advertindo para que no próximo ano escolham outro local para fazer o seu encontro uma vez que o Hotel poderia estar encerrado para obras.
O que os funcionários temem, é que estas obras sejam apenas a fachada necessária para o encerramento desta unidade.
Todos sabemos o que tal iniciativa pelo proprietário, a Fundação Bissaya Barreto, pode significar caso se concretize. Além de todos os que dependem directamente do hotel, onde têm os seus postos de trabalho, todo o Luso, o concelho da Mealhada, o Distrito de Aveiro e a região Centro sairia a perder.
É necessário, eu diria, fundamental, que as entidades que administram o território na região e que têm a OBRIGAÇÃO de defender quem nele vive, estejam atentas e activas para evitar que esta unidade hoteleira seja encerrada numa lógica economicista que não se compadece de quem há décadas contribui para que haja quem enche os bolsos à custa da nossa terra, da nossa hospitalidade, da nossa natureza e dos parcos ordenados que paga a quem todos os dias deixa neste hotel, um pedaço de si no esforço por agradar e fazer bem.