quarta-feira, 8 de julho de 2009

"MOVIMENTO DE COMERCIANTES E HOTELEIROS DO LUSO

Comunicado à população

1 – Quando se completam três anos de iniciativas em defesa da revitalização das Termas de Luso, o “Movimento de Comerciantes e Hoteleiros de Luso”, criado em Junho de 2006 com esse fim, agradece a todos os Lusenses e aos muitos amigos das suas Termas, a força, a confiança e o incentivo que sempre recebeu neste período;

2 – Com o anúncio formal pelo concessionário, primeiro da constituição de uma nova sociedade para desenvolvimento das Termas feito em Março de 2008, e depois da apresentação de um projecto de remodelação do balneário e do seu modelo de exploração (que imcompreensivelmente demorou um ano a ser apresentado), cumpriu-se, em parte, o nosso principal objectivo – Travar o continuar da degradação a que chegou o actual balneário Termal de Luso e consequentemente da imagem do Luso;

3 – Perante um projecto tímido, sem ambição, exíguo na dimensão e modesto no investimento, sentimos o desinteresse patente em recolocar as Termas de Luso no lugar de referência nacional do termalismo que a sua tradição e imagem recomendariam, com notórios prejuizos para todos, inclusivé para a própria imagem da marca “LUSO”.
Concebido numa lógica de subalternização do termalismo clássico (agora reduzido à sua dimensão de 1929), e deixando de lado o mercado emergente do termalismo lúdico e de diversão, não acautela os reais interesses da economia local, na medida em que não se revela dimensionado nem vocacionado para recuperar os turistas/termalistas perdidos pelo Luso nos últimos anos, nem se preocupa com a fidelização de clientelas mais jovens que possam ao longo dos anos, garantir uma estrutura de mercado estável;
Face à necessidade de modernização e diversificação da oferta termal para o Luso, nunca tivemos medo da mudança, mas tememos, que esta oportunidade há tanto esperada, se dilua num projecto redutor das potencialidades do Luso e frustrante das esperanças e ambições de desenvolvimento sustentado da nossa terra;

4 – Lamentamos com veemência, o facto de a calendarização das obras, ter sido planeada sem atender ao interesse do cliente termal, e agravando de forma injustificada e incompreensível, a já difícil situação económica dos negócios do Luso.
Fazer coincidir a execução de um plano de obras, que tem implícita uma duração de apenas seis meses, com a Época Termal 2009, é reveladora de grande insensibilidade e desprezo pela actividade termal e pelo Luso e pelas suas gentes, em todas as suas dimensões e reflexos;

5 – Acreditamos que, com outro empenho e apoio institucional sobretudo da Câmara Municipal que é a proprietária dos edifícios das Termas, e uma maior e melhor intervenção de todos os partidos políticos com representação concelhia, os resultados seriam outros. Mas também não temos dúvidas que, sem a acção persistente e insistente, resultante do vosso apoio a este “Movimento”, estaríamos agora muito mais longe dos objectivos iniciais.

6 – Com o vosso estímulo e contributo, continuaremos a seguir atentamente a implementação deste e de outros projectos junto do concessionário e das entidades tutelares da actividade termal e das concessões de recursos naturais.
Prometemos continuar a agir em todos os planos de intervenção, de modo a garantir que, a exploração da Água Termal que nasce no Luso reverta, em primeiro lugar (porque é um bem público que apenas se encontra concessionado), para benefício do Luso, do concelho, e das pessoas que aqui vivem e têm os seus negócios.

Luso, 30 de Junho de 2009
Os Comerciantes e Hoteleiros de Luso"

2 comentários:

BURRIQUEIRO disse...

NAO ESTEJAM A ESPERA QUE AS COISAS CAIAM DO CEU..................

D'artagnan disse...

Acho que no Luso, a maior parte das pessoas não estão (agora) à espera que as coisas caiam do céu...

Estão simplesmente à espera que as coisas não caiam todas por terra.

Quem apostou noutros mercados e se distanciou do negócio termal há alguns anos, modernizando-se e optando por outras soluções de mercado, não vai ter assim tantas dificuldades.

Quem não quis, ou não pôde... está agora numa situação delicada.

Mas o facto da modernidade de alguns, não pode ser justificação para que não haja preocupação para com o bem estar de toda uma população... mesmo que em parte, a culpa do estado das coisas seja fruto de estarem sempre à espera que "outros façam".