Arquitectos vs Bom gosto
Nestas coisas de arquitectura, toda a gente julga saber algo ou ter algo a dizer, pelo menos no que concerne à concepção estética de edifícios e espaços. É claro que, como ser humano "normal" também me incluo nesse arrolamento de pessoas que não podem passar sem dar a sua opinião.
Depois de uma acesa discussão sobre a escolha do tipo de pedra feita pelo Sr. arquitecto Sidónio Pardal tida com o amigo pindarello, resolvi fazer uma pequena pesquisa na internet sobre a utilização de granitos associada a soluções paisagísticas com utilização de água. Cheguei depois a um monumento do qual deixo aqui estas fotos (procurar pelas palavras chave "ira keller" para quem quer saber mais).
É claro que é só uma questão de gosto pessoal, mas quando o arquitecto tem bom gosto (note-se que a "minha" definição de "bom gosto" quer apenas dizer que é um gosto coincidente com o meu) a utilização dos mesmos tipos de materiais dá resultados verdadeiramente harmoniosos, NOS QUAIS NÃO INCLUO O EFEITO "PEDREIRA" NEM O EFEITO "BEBEDOURO DE BOIS" NEM O EFEITO "CORTA AÍ ESSA ÁRVORE COM 50 ANOS, QUE ESTÁ A ESTORVAR-ME O PROJECTO!" E MUITO MENOS O EFEITO "PÕE AÍ ESTAS ÁRVORES NO PROJECTO! NINGUÉM AS VAI CONSEGUIR PLANTAR PORQUE ESTÃO EM CIMA DA PRESA, MAS FAVORECE A APROVAÇÃO - NO PAPEL TUDO SE FAZ!".
Parece-me, mas é apenas a minha opinião, que o "nosso" arquitecto (leia-se: o arquitecto que projectou a nova Fonte de S. João no Luso), está a necessitar de aderir às novas tecnologias para conseguir, pelo menos, beber um pouco do know how de arquitectos paisagistas que se preocupam de facto com a harmonia de espaços e não com a sua própria TEIMOSIA E SOBERBA.
Chegámos a um ponto em que verdadeiras "cagadas" são impostas a quem pretende fazer as obras (leia-se Câmara Municipal da Mealhada), quase que parecendo que o dono da obra é o "Sr. Arquitecto".
Mas é só a minha opinião... é claro.
Depois de uma acesa discussão sobre a escolha do tipo de pedra feita pelo Sr. arquitecto Sidónio Pardal tida com o amigo pindarello, resolvi fazer uma pequena pesquisa na internet sobre a utilização de granitos associada a soluções paisagísticas com utilização de água. Cheguei depois a um monumento do qual deixo aqui estas fotos (procurar pelas palavras chave "ira keller" para quem quer saber mais).
É claro que é só uma questão de gosto pessoal, mas quando o arquitecto tem bom gosto (note-se que a "minha" definição de "bom gosto" quer apenas dizer que é um gosto coincidente com o meu) a utilização dos mesmos tipos de materiais dá resultados verdadeiramente harmoniosos, NOS QUAIS NÃO INCLUO O EFEITO "PEDREIRA" NEM O EFEITO "BEBEDOURO DE BOIS" NEM O EFEITO "CORTA AÍ ESSA ÁRVORE COM 50 ANOS, QUE ESTÁ A ESTORVAR-ME O PROJECTO!" E MUITO MENOS O EFEITO "PÕE AÍ ESTAS ÁRVORES NO PROJECTO! NINGUÉM AS VAI CONSEGUIR PLANTAR PORQUE ESTÃO EM CIMA DA PRESA, MAS FAVORECE A APROVAÇÃO - NO PAPEL TUDO SE FAZ!".
Parece-me, mas é apenas a minha opinião, que o "nosso" arquitecto (leia-se: o arquitecto que projectou a nova Fonte de S. João no Luso), está a necessitar de aderir às novas tecnologias para conseguir, pelo menos, beber um pouco do know how de arquitectos paisagistas que se preocupam de facto com a harmonia de espaços e não com a sua própria TEIMOSIA E SOBERBA.
Chegámos a um ponto em que verdadeiras "cagadas" são impostas a quem pretende fazer as obras (leia-se Câmara Municipal da Mealhada), quase que parecendo que o dono da obra é o "Sr. Arquitecto".
Mas é só a minha opinião... é claro.
9 comentários:
Eu não devia ter lido o post.
Como já não vou ao Luso há algum tempo, pensei que isto eram fotos da nova Fonte de S João.
Depois li o texto e aterrei.
É pena...
Aqui nas fotos só faltava o sítio para oa gajos dos restaurantes encherem os garrafões.
Sei que este é um projecto com algum tempo, e confesso que não me recordo se houve um concurso ou se o projecto foi adjudicado directamente ao Arq. Sidónio Pardal.
Mas, de qualquer forma, este projecto teve de ser aceite e/ou aprovado por alguém (leia-se CM Mealhada) e tendo em conta que até há bem pouco tempo atrás a Câmara Municipal da Mealhada não tinha um único (!!!) arquitecto nos seus quadros o que pergunto é quem aprovou este projecto? Com que bases de conhecimento (técnico e não só…) o fez? Terá sido apenas porque os desenhos eram bonitos?
Espero enganar-me, mas parece-me uma intervenção excessiva para aquele espaço. Mas, tal como o D’Artagnan, trata-se apenas da minha opinião…
Caro D'artagnan, atrevo-me a dizer, em função deste post, que acha no minimo discutivel a utilização destes materiais.
O autor do projecto, Sidónio Pardal, Urbanista, Arquitecto Paisagista e Engenheiro Agrónomo, é autor de muitos outros projectos e publicações sendo de salientar as Normas Urbanisticas. Estas, verdadeiros manuais na prática do ordenamento do território, mas, apesar de tudo, e neste particular, no meu modesto entendimento, não deixa de ser criticável.
Só espero que o Sr.Arq.,Urbanista,Eng.Agrónomo Sidónio Pardal (se foi mesmo o sr o responsável pelo abate das outras)não seja também o responsavel pelo ordenamento de toda a avenida Navarro....senão ficamos sem àrvores...ou com uma ali ,outra acolá conforme o gosto pessoal de cada um...talvez uma arvorizita no sitio da estátua, ao lado,em cima ? olha, não sei ,façam ao vosso GOSTO PESSOAL...
Caríssimos,
Goste-se ou não, porque na minha opinião pessoal, acho pedra a mais (muralhas e contrafortes), para uma Capela e Fonte tão pequenas, a única entidade responsável pela obra é o seu dono.
E o dono é quem encomenda e paga: CÂMARA MUNICIPAL DA MEALHADA.
Portanto, deixem lá o Sr. Eng. Dr. Prof. Arquitecto em paz e pessam contas à CMM.
Ao Sr. Arq. podem perguntar é porque será que o paredão que fica paralelo à estrada, ficou inclinado e não na horizontal como mandam as boas regras... bom são pormenores, ou gostos de cada qual.
Já por exemplo na avenida, não utilizou a mesma técnica e bem.
Ainda bem que o Sr. Arquitecto Sidónio Pardal é Urbanista, Arquitecto Paisagista e Engenheiro Agrónomo e autor de muitos outros projectos e publicações nomeadamente as Normas Urbanísticas.
Se não fosse, as muralhas seriam ainda maiores e o mau gosto certamente a roçar o aterrador.
Diz-se que todos os mestres, pelo menos uma vez, fazem uma grande "cagada". É chato é que isso tenha calhado ao Luso (mais uma vez).
Depois, ainda há o desplante de afirmar, que as pessoas do Luso só estão bem a criticar: pois claro, pegam numa fonte e avenida cheia de árvores e zonas verdes e substituem-nas por um monte de calhaus.
Que triste maneira de abordar uma terra que dizem turística.
Só falta mesmo, substituírem o Bussaco por uma réplica do Deserto do Saara (só porque é moda).
Ao contrário do que popularmente se diz, os gostos discutem-se e não porque cada um tem direito à sua opinião, mas, sobretudo, porque as opiniões para serem honestas intelectualmente devem pautar-se por fundamentos e reflexão, neste caso, no âmbito do estético.
À partida, não tenho esteticamente nada contra o uso de pedra, sendo o granito a base de obras contemporâneas absolutamente belíssimas, nem, por exemplo, contra o "betão" que, como sabemos, tem sido uma das grandes críticas a, para mim fabuloso, Siza. O problema parece-me, pois, como já foi dito, o de saber se esta opção, se este projecto, será a melhor para este espaço, ainda que, como já uma vez aqui partilhei, pense que é absurdo mexer na fonte neste momento.
Esteticamente a minha única opinião em relação à fonte é que, partilhando a opinião do gutenberg, me parece um projecto excessivo para um local tão pequeno, demasiado pesado para o espaço, duvidando também do equilíbrio que se irá conseguir com a capela, equlíbrio esse que não tem que ver com ser tudo igual, do mesmo género, mas com a harmonia da/na diferença. E se em relação aos muros não tenho grandes problemas (mesmo que me seja inevitável nas várias analogias e possibilidades criativas de rua), tenho reservas em relação aos tanques/bebedouros/o-que-quer-que-seja, que além de pesados me lembram qualquer coisa entre império romano e época medieval.
Para terminar, apoio a opinião que a responsabilidade última (ou primeira) é da CMM e não de quem projectou, não acreditando eu que quem "manda" seja o arquitecto (manda, obviamente, depois de ter sido aprovado o seu projecto).
Remeto-vos para as palavras de João Carreira, o arquitecto que projectou a requalificação da ponta de Sagres e que foi de imediato crucificado:
"A obra segue fielmente o projecto que foi a concurso público e ganhou. Se não gostam, vão pedir explicações a quem adjudicou."
Concordo com a Lua em relação a estética da fonte ,também me parece que o projecto é sobredimensionado em relação ao espaço envolvente.Talvez quando estiver pronto,incluindo a avenida,tenha um melhor enquadramento...veremos!
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