quarta-feira, 23 de julho de 2008

Preocupantes ideias sobre o Bussaco

Depois de uma dica da Lua, fui encontrar este artigo:

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Mas, de boa fé, fiquei preocupado com a seguinte frase que espero não seja mais uma maneira de "escamotear" portagens de cobrança de dinheiros que vão direitinhos a Lisboa:

"Para este arquitecto, a mata nacional do Bussaco tem inúmeros pontos fortes “e uma riqueza elevada em termos patrimoniais”, mas também alguns fracos, como a perda de habitats, o (re)povoamento da fauna, mas também a susceptibilidade aos fogos, destruição do património religioso e, imagine-se, o turismo de massas, ou seja, “selvagem”, desordenado, que pode levar à destruição de muito património. Daí a necessidade da execução deste plano de ordenamento e gestão daquele espaço patrimonial."

Tendo em linha de conta a sistemática desmobilização do pessoal de conservação e fiscalização a que se tem assistido nos últimos anos, a política de impossibilidade de utilização de turismos tradicionais como por exemplo passeios de burro (como outrora foram possiveis), a destruição de calçadas, caminhos e escadas por alguns praticantes de desportos radicais, os assaltos aos carros estacionados em variados pontos, o envelhecimento "de facto" do património botânico, a não fiscalização dos abates, cortes e respectiva recolha de restolho que se passam em terrenos vizinhos da mata, a inexistência de meios de combate a incêndios próprios, gestão por parte de pessoas enfiadas em gabinetes de Coimbra e Lisboa e não por parte de gente sediada aqui, etc, etc, etc, não estaremos mais uma vez no meio de uma sessão de demagogia barata?

Em todos os anos que tenho de vida, nunca vi as condições do Bussaco a melhorar. Infelizmente, a cada intervenção, a cada ano, a cada primavera, apenas tenho visto MENOS e PIOR.

Se o turismo de massas de facto pode concorrer para alguma degradação, também pode (se devidamente ordenado e fiscalizado) ser mais do que "O" suporte de uma viabilidade económica que tem faltado ao "nosso jardim"

Entreguem a mata a quem gosta dela e não a quem a usa para ganhar dinheiro ou como meio de arremesso político.

1 comentário:

Pedro Costa disse...

Sem dinheiro não há palhaço e infelizmente as árvores não votam.