"Não há fome que não dê em fartura"...
"De acordo com Luís Providência, «Coimbra tem pela frente o desafio de criar um ou mais campos de golfe, provavelmente três a quatro, para dar resposta a insuficiências demonstradas, quer no recente relatório do plano estratégico de Coimbra, quer numa avaliação feita aquando da criação da empresa municipal de turismo».Num primeiro momento, o que se pretende, esclarece, é «tentar dar resposta às pessoas que já são praticantes da modalidade e garantir a formação de novos praticantes, aceitando [depois] ter campos convencionais, clássicos, para enquadrar os jogadores que forem saindo da escola».Com os restantes campos, procurar-se-á, então, aumentar o fluxo turístico na cidade.«Neste momento, quem quer praticar, ou desloca-se à Curia, para um campo de nove buracos curtos, ou tem de ir a Viseu, para ter acesso a um campo de 18 buracos. Em Coimbra, há mais de 300 praticantes de golfe que recorrem sistematicamente a estes campos, ou a Espanha», afirma o vereador do Desporto, ao recordar que «estará para surgir um campo de golfe de 18 buracos na Mealhada e outro em Montemor-o-Velho».No âmbito do projecto Coimbra i Parque, para a instalação de um parque tecnológico em terrenos das freguesias de Antanhol e de S. Martinho do Bispo, está, também, previsto um pequeno campo de golfe." notícia completa
Será que, com a democratização do golf, este continuará a ser um desporto interessante (para a elites) e um bom negócio/investimento?
6 comentários:
A mim preocupa-me a falta de água para regar o meu couval.
Deixemo-nos de tretas. O golfe não se irá democratizar como noutros países porque somos realmente pobres. Como diz um prezado amigo "não temos massa crítica para tamanhas aventuras". Dediquemo-nos à malha.
Ave Caesar com um gin tónico nas mãos
Isto lembra outras aventuras lusas como a criação de minhocas, a criação de caracois, a cultura de tabaco ou de kiwi.
Cada uma delas começou como a solução de todos os males e acabaram todas como é costume.
Em resumo:
A malta não tem taco para tacos.
Continuamos no buraco.
Se querem golf.... comprem um VW!
Tudo bem... o campo de golfe pode gerar empregos... pode trazer gente para jogar... até pode vir a ser interessante do ponto de vosta da concessão à exploração privada.
Mas, caso não seja para concessionar a privados ou não haja interessados nisso, somem as expropriações, as aquisições de terrenos, a obra de construção em si, a manutenção do relvado (água, adubos, cortes etc...) a manutenção dos imóveis de apoio à actividade, e o que resulte de intervenções não programadas e imprevistos, e vejam a linda soma que a autarquia há-de ter de invistir anualmente naquilo.
Resumindo, por acaso antes de avançar com o projecto já estabeleceram uma parceria público/privado para a concessão por X anos daquele espaço e que garanta a exequibilidade financeira do projecto? É que se o trabalho de casa não estiver a ser feito devidamente, corremos o risco de estar a começar uma corrida que queremos ganhar a todo o custo mas, afinal, nem sabemos ondeé a linha de chegada!
Amigos lusenses e bairradinos, a questão que coloco é a seguinte:
Para que é que uma câmara como a Mealhada, que tem dentro do SEU território umas termas que já foram as mais famosas do país, a água que mais vende no país, uma serra do buçaco com paisagens lindissimas e que vai até Penacova, a Mata Nacional do Buçaco (se tivesse só isto já era mais que muito), o leitão da bairrada, o vinho e o espumante...
...para que é afinal um campo de golfe?
Porque é que não investem o dinheiro desse campo e compram as termas de Luso e o cine-teatro Avenida, edifício belissimo que vai cair de podre, e não revitalizam estas actividades? É só a Mealhada que merce uma sala de espetáculos?
Gastavam menos dinheiro a construir um SPA e a mantê-lo do que o Raio do campo de golfe.
Lanço daqui um desafio à CMM e aos responsáveis da JTLB e da JFL (estes dois últimos como agentes de sensibilização do primeiro.
Que seja a CMM a realizar a parte mais interessante do projecto LUSO 2007 que a SAL apresentou e que TODOS SABEM que não vai realizar nada... nem em 20007! Comprem, reestruturem o projecto, arranjem um parceiro privado eficiente (grupo Amorim, Visabeira Turismo, grupo Pestana, etc...), façam as obras, e concessionem!
Mesmo que seja a SAL a realizar este projecto, não passará de uma empresa de águas a meter-se no turismo... tem-se visto o resultado desta mistura!
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