quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Palácio do Barão do Luso é na Mealhada!... :-)


"(...) Edifício da farmácia classificado como património de “valor concelhio” Mas o que Rui Goulart não sabia e muito provavelmente poucas pessoas o saberiam, é que, em 1978, a Câmara Municipal da Mealhada, na voz da doutora Odete Isabel, deliberou solicitar ao Ministério que o edifício da Farmácia Brandão fosse classificado como património de “valor concelhio”. Trinta e três anos depois, mais precisamente, na semana passada, a resposta chegou. “É uma situação caricata a do tempo que demorou a resposta, mas, sobre este assunto, devemos manter os nossos antepassados”, declarou, na passada reunião pública da autarquia, Carlos Cabral, presidente da Câmara da Mealhada. E a resposta não só tardou, como ainda remete para a Câmara Municipal a classificação do edifício. “A partir de agora a Câmara é que tem autonomia para tratar deste processo, que após tomar uma decisão, será, posteriormente, ratificada pelo Ministério da Cultura”, explicou, aos jornalistas, o edil. O assunto, da classificação ser feita, mereceu a concordância de todos os vereadores e apenas Arminda Martins, eleita pelo PS, afirmou: “Apesar de na deliberação de 1978 a referência ser apenas à Farmácia Brandão, eu sou da opinião que se devia juntar o café "O Portão". Deveria ser classificado o conjunto arquitectónico dos dois espaços e não só o da farmácia”."

in JM

Sobre este artigo gostava de comentar 2 ou três coisas:

1 - Parece que o único edifício com interesse arquitectónico da Mealhada se relaciona como Luso.... vá-se lá saber como, mas por acaso fiquei curioso.

2 - O Estado, no seu melhor, demorou apenas 33 anos a deliberar... nada!!!!... a quem terão sido pagas "luvas" ou que influências terão sido "traficadas" para que a decisão saísse da gaveta?... hummmm... será que estão a ficar igualmente com medo das consequências dos tumultos no Egipto?

3 - Um grande aplauso para a Vereadora Arminda Martins já que, ninguém que conheça a Mealhada é indiferente ao conjunto arquitectónico que inclui o edifício do "Portão"... mesmo que o BES já esteja à rasca com a quantidade de burocracia que normalmente acresce à classificação.

4 - A classificação de edifícios é normalmente um "pau-de-dois-bicos" num país como Portugal, sujeito ao pequeno arbítrio dos "poderzinhos" da Administração Pública, ou seja, um desgraçado (porque se pode chamar assim), que queira fazer obras de remodelação/conservação num edifício classificado, "pode" ter acesso a linhas de crédito mais vantajosas mas, em contrapartida, vê-se obrigado à intervenção de um sem número de entidades que acabam por aumentar o orçamento (a menos que se paguem luvas ou se peçam uns favores aos "amigalhaços").... resultado?... nulo ou habitualmente pernicioso!... para variar neste país à beira mar plantado...

Se houvesse uma bilheteira para o espectáculo "Contra-Revolução", de certeza que já tinha comprado bilhete !

Touché......

3 comentários:

Egídio Peixoto disse...

O palácio do Barão do Luso não é a Farmácia, Mas sim o edifício onde está o BES.
Também os seus restos também estão no cemitério da Mealhada.
O Barão do Luso para a Mealhada depois deter estado muitos anos no Brasil e foi ele que trouxe a família real do Brasil à Mealhada para visitar os banhos do LUSO e na época foi uma romaria e peras.
para mais isso está retratado no Thoughts on Mealhada

D'artagnan disse...

Caro Egidio

Obrigado pela sua colaboração e interesse... e ainda mais pelo trabalho de investigação.

Já li o post e achei uma história deveras interessante, pelo que tomo a liberdade de a Publicar aqui também no Amo-te Luso.

Pedro Costa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.