quarta-feira, 28 de março de 2007

Depois do Allgarve

O Manuel Pinho e os seus boys do Ministério da Economia e Inovação inventaram um método de expulsar definitivamente da península, o legado histórico dos muçulmanos (tipos que não interessam a ninguém e que ainda andam em camelos), acrescentando um simples l a al, resultando all, com um ar e sotaque mais yes man e mais internacional. Depois do Allgarve seguir-se-á a conquista de Allcabideche, Allcaçer, Allentejo, que extravasará certamente para Beyra Litorall, Beyra Allta, Meall Hada, Salgueirall, Low redo, and so on...

Diz o Manell Pine aqui que a estratégia de notabilizar o trunfo turístico português assenta em oito pilares (Entusiasmou-se e enunciou 11): “Muitos hotéis de cinco estrelas, muitos campos de golfe, muitas marinas; qualidade; voos de baixo custo e mais estruturas aeroportuárias; melhores serviços de saúde; novas regiões turísticas; condições fiscais vantajosas para os estrangeiros que escolham Portugal para segunda residência; melhorar o ensino na área da hotelaria; reforçar a notoriedade da nossa marca turística Allgarve e outras que vão ser criadas.

A nós, by radinos resta-nos imitar e copiar o que os outros vão fazendo (a imitar e copiar somos líderes, embora as cópias fiquem sempre muito aquém do original. Isto quando não encravam logo nas primeiras fotocópias).
Para começar temos um hotel de 5 estrelas e uma marina no lago do Luso (só funciona no Verão e quando o Augusto não está de folga - mas em alternativa poderá fazer-se outra no lago do Sume). Também sonhamos com campos de golfe (já há um na Curya), plataformas rodo-ferroviárias, serviços de saúde (sem ejaculação precoce) e quem sabe reactivar o aeródromo do Buçaco, vender as aldeias aos ingleses, etc.

E ao contrário dos autarcas allgarvios que abominaram a ideia, temos a vantagem do nosso presidente estar super entusiasmado com este marketing very british de caçar camones e até já prometeu alterar a sua assinatura para Mr. Cabrall, acompanhado pelo seu team: Phillomena; Antony Frank e Callhoa (a pronúncia de Callhoa não é fácil e deve ser dita, como se tivessemos uma bola de ping-pong na boca. Talvez mais a propósito: uma bola de golfe na boca. Os ingleses dizem: Calou-a!!!. E a gente cala.
E nesta matéria até a oposição alinha. Temos o John, o Charles e o Bread Marques.
Assim vamos lá. My nada.


10 comentários:

Nuno Castela Canilho disse...

Fantástico

dona chanfana disse...

Esqueceste-te de peniche, vai passar a penish!

Vítor Ramalho disse...

Depois do Lino Iberico temos o Pinus Britanico.

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Brilhante o seu texto, Jerico, como sempre. Quanto à thing itself, só me ocorre dizer que sofremos do servillismo próprio de quem se sente inferior e já se habituou a mostrar as buttocks.

El Tonel disse...

Só faltou o "Bus Sac"... assim do tipo na tradução.. "Saco para Autocarro", o que faz todo o sentido, face às resmas de excursões que atacam... LOLOLOL

Brilhante, Jerico... Y My Nada!

El Tonel disse...

ahhh... e Coimbra... tipo "CÚ In'Bra"... se bem que um cú dentro de um sutien não faça grande sentido... LOLOLOLOL... pelo menos sempre temos um ministro que quer fazer concorrência ao gato fedorento... é só rir... LOLOLOLOL

Yammallah disse...

I see it closer to "Bow-Rada" but... just a thougt.. jeryk-oh.

D'artagnan disse...

Jerico, por acaso foi uma notícia que me chamou a atenção por outro tipo de razões. Lembro-me de ter telefonado imediatamente a alguns amigos meus sobre o assunto, no dia em que a notícia saiu na TV, fazendo alguma piada sobre o assunto.

Analizadas as intenções do "All", no sentido de indicar um destino turistico que posssui "todas" as potencialidades dos grandes destinos mundiais, e tendoem linha de conta que o mercado turístico "fala" (ou pelo menos compreende) melhr a lingua inglesa, não me parece assim tão disparatado.

Por outro lado, do ponto de vista estritamente da "portugalidade", parece-me um pouco como um baixar de calças e uma colocação de gatas.

Será isto um sinal dos tempos?

Será que a seguir vão propor a construção de uma nova Torre de Babel, unificando toda a humanidade em torno da lingua dos "bifes"?

O Grama-o-Fone disse...

Pertinente...

A região não muda de nome, estamos apenas a falar de uma campanha.
No contexto internacional poderá funcionar.
Parece-me é um pouco ridiculo a sua utilização no mercado nacional.


No entanto não me recordo de tanto falatório quando no passado saiu a campanha "Sportugal".

Aqui ficam mais algumas possíveis aplicações do conceito:

:-)))

ALALGARVE
Destinado ao mercado espanhol!
Deve ler-se “al algarve” e veicula, a “nuestro hermanos”, uma mensagem de movimento – vamos “ao Algarve”.

ALGAROV
Destinado ao mercado russo!

ALGARICH
Destinado ao mercado alemão!

AUGARVI
Destinado ao mercado brasileiro!

ALGARVE
Destinado ao mercado marroquino!

ALGARBE
Destinado ao mercado bairradino!

ALGASTAIN
Destinado ao mercado austríaco!

McGARVE
Destinado ao mercado australiano!

El Tonel disse...

AlKabro

destinado ao mercado de Várzeas...