terça-feira, 6 de novembro de 2007

Como utilizar mal o Jornal de Notícias:

" O mesmo cepticismo mostravam os responsáveis da Junta de Turismo Luso-Buçaco presentes. Mário Pedrosa dizia só acreditar na resolução do problema "depois de dois meses sem os cheiros" chegarem à estância termal. Também Raul Aguiar fez saber à administração da Alcides Branco que já existem queixas de turistas nas unidades hoteleiras e até dos atletas que usam o Centro de Estágios do Luso. "Já foram queixas para o Ambiente, a Economia, o Turismo e agora vai mais uma, para Sócrates", afirmava."


Bom, pelo menos, se fosse um turista a pensar em passar um fim-de-semana na zona centro, já sabia para onde não ir.

Não tenho nada contra o facto de as pessoas darem tiros nos próprios pés, mas não posso concordar quando a vontade de protestar e brilhar, leva a atitudes que correspondem a dar tiros nos pés de uma população inteira.

Só falta mesmo, patrocinar uma campanha paternalista na TV e dizer às pessoas: "Não venha para o Luso porque cheira cá mal!"

5 comentários:

Jerico & Albardas, Lda. disse...

D'Artagnan
Julgo que este post vai no mesmo sentido do alerta lançado pelo PSD antes da manif.
A manif tem vantagens e desvantagens. E não é possível eliminar as desvantagens. Importa portanto ponderar.
E a ponderação assenta apenas nesta escolha:Fazer ou não fazer a manifestação. Valerá a pena ou não?

A partir do momento em que achamos que vale a pena, devemos usar os argumentos mais fortes que justificam essa manif. Mesmo que isso signifique dar um tiro no pé. O objectivo principal é salvar o corpo. Não há meio termo. A força da manif assenta na força dos seus argumentos.
Que força teria uma manif camuflada pela justificação de estarmos a defender as cebolas do ti manel do pó da baganha? Nenhuma.

A outra opção seria não a fazer.
Um erro, no meu entender.
E estamos em Novembro. Época baixa. Pior seria em Julho.

Para finalizar acho que devemos aguardar um tempo antes de tirar conclusões precipitadas dos resultados desta manifestação.

Xuxa Maluca disse...

Alguns (conhecidos) passam a vida a falar muito mal do PSD, mas continuo a dizer sem estar preocupado que pensem que tenho algo a ver com o PSD, que uma vez mais o PSD pela voz do SR.Breda teve a posição mais sensata.
E soube inclusivé que participou na Manifestação fugindo dos holofotes da imprensa sendo coerente com o que transmitiu sobre os riscos de dar uma dimensão nacional a este problema.
Não se preocupem que vou encontrar também ocasião para o criticar.

Unknown disse...

Não sei qual é pior. Se é os turistas virem com a esperança de passar algum tempo a beneficiar da vivência sã com a Natureza e serem superendidos com um perfume destes. Certamente que não voltam mais e a camuflar-mos desta realidade só estamos a suicidar-nos a nós próprios. Não hà que ter medo. Basta. Se tivessemos actuado mais cedo e tivessemos mostrado descontentamento as coisas já estariam resolvidas. assim os culpados somos nós. Não culpemos os outros das nossa frquezas. Vamos acabar com esta vergonha.

D'artagnan disse...

Jerico

Assim que tomei conhecimento da manifestação, a minha preocupação principal foi a de tentar assegurar prudência nas declarações públicas dos representantes políticos do concelho e/ou seus conselheiros. De um modo geral, aqueles com quem consegui falar, concordaram e até acrescentaram outros aspectos ao meu ponto de vista, dizendo que necessáriamente não se poderia deixar de falar no assunto, ainda que, com contornos de perigo eminente e não como já a acontecer. Algo como "Se nada for feito, corre-se o risco de a poluição chegar ao Luso e ao Bussaco!" - O impacto da utilização do nome está lá na mesma, mas não há uma degradação da confiança que os turistas possam ter no produto Luso/Bussaco.

Trata-se apenas de inteligência estratégica, nada mais do que isso.

Não se pode deixar de falar do problema, mas há maneiras mais prudentes e igualmente produtivas para o fazer.

Já agora, e a título de exemplo, recordo-me de um filme feito sobre o Bussaco por um conterrâneo nosso. Filme esse que foi feito justamente com a colaboração próxima de um dos autores das declarações e que, entre as suas preocupações, tentava não mostrar nenhuma das (muitas) degradações do Bussaco, apostando muito mais na vertente dos pormenores exclusivos, que é necessário defender.

Este e outros exemplos ajudam a esclarecer que a ideia da prudência e inteligência estratégica não é nova e muito menos, original.

Mas nesta como noutras situações, não passa de ser apenas a minha opinião...

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Foi essa a ideia que tinha tirado do teu post.

Digamos que...
a malta não está habituada a manifestações.
Temos de ensaiar mais vezes.