quarta-feira, 23 de maio de 2007

Upgrade sobre a LUSOLIVA

Na sequência de anteriores posts e comentários, achei que deveria partilhar com os restantes lusenses o teor da conversa tida ontem, com o Sr. Alcides Branco, na Junta de Freguesia de Luso, na presença do Exmo. Sr. Homero Serra (presidente) e Exmo. Sr. Jorge Carvalho (Secretário).

Em primeiro lugar, gostaria de saudar a iniciativa da Junta de Freguesia, que tem mantido relações cordiais com a empresa em causa, e da qual a presença e abertura demonstradas pelo Sr. Alcides Branco, são sintomáticas.

Em segundo lugar, gostaria de fazer uma apreciação pessoal: o Sr. Alides Branco demonstrou ser uma pessoa calma, ponderada e com vontade de resolver o problema em causa. Por vezes, conversar é apenas uma maneira de ganhar tempo mas, pelo montante do investimento já feito pela empresa e pelo montante planeado, pareceu-me uma atitude genuína.

O Sr. Alcides Branco, demonstrou alguma surpresa quanto à existência deste e outros blogs, que têm transmitido uma imagem pouco abonatória da empresa e é claro que, pelo menos na minha opinião, que o Sr. Alcides Branco tem sido pressionado nos mais diversos vectores.

Transmiti-lhe as nossas preocupações em termos de actividades económicas e expliquei-lhe que o argumento "postos de trabalho" não é válido: os 38 postos de trabalho da empresa (dos quais apenas 4 são residentes no concelho da Mealhada) são parte de um "anão económico" se comparados com a quantidade de postos de trabalho que tem a actividade hoteleira-turística, que tem sido enormemente prejudicada pelos maus cheiros. Além disso, a empresa, tem a sua sede na Vila da Feira, pagando lá a sua derrama, razão pela qual, o argumento de importância económica local, também cai por terra.

O Sr. Alcides Branco, assegurou-me que os maus cheiros anormalmente incomodativos de dia 8 e 9 de Maio, se deveram aos testes do novo secador de 300 Ton / dia e ao facto de as máquinas andarem a mexer no monte da "parga" e assim a libertarem gazes da decomposição do material. Igualmente, o Sr. Alcides Branco, insistiu no facto de o fumo branco que se solta da nova chaminé, é exclusivamente vapor de água, não tendo nada a ver com os cheiros (tive nesta altura, oportunidade de dizer que os factos, contradizem as palavras e que, pelo menos, o "vapor de água" cheira mal ou então serve de veículo transmissor e potenciador dos cheiros).

Igualmente as obras, para a concretização de um edifício de armazenagem de matéria prima já seca (que já não deita cheiros incómodos) não foram ainda efectuadas pois o respectivo licenciamento por parte da CMM só chegou em Dezembro de 2006. Seria fundamental um maior empenhamento da Câmara neste sentido, mas ao mesmo tempo também compreendo a posição de não quererem ser associados a quaisquer possíveis "colaborações" se de facto o problema não tiver solução - algumas decisões são difíceis de tomar, mas devem ser tomadas!

É da convicção do Sr. Alcides Branco que o problema ficará resolvido quando o secador estiver a laborar em pleno e que os cheiros desaparecerão ou pelo menos serão pouco intensos e/ou frequentes. Demonstrou, que a empresa está disposta a incorporar o custo das externalidades negativas com o investimento em novas tecnologias. Espero, sinceramente, que o problema fique de facto resolvido e desejo o maior sucesso industrial à empresa em causa (desde que esse sucesso não implique no insucesso dos outros).

Se "até Julho", até Julho será. Pela minha parte, não me importo em pôr água na fervura, uma vez que há vontade efectiva em resolver o problema. Mas, Senhor Alcides Branco, com a clareza e educação com que lhe disse isto ontem, volto a afirmar: "Dentro de toda a legalidade e direito à indignação que nos assiste, serei um dos primeiros a levantar-me e a criar graves incómodos à empresa, se o problema não for de facto resolvido. E não estarei sozinho: CMM, JFL, JTL, ADELB, partidos políticos, jornais, bloggers e população em geral, estarão ao meu lado. Apenas posso desejar, com toda a sinceridade, que as suas esperanças e as dos técnicos que para si trabalham, sejam GENUINAS."

Touché...

8 comentários:

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Obrigado por partilhares essa informação, a qual também acho que deve ser do conhecimento público.

Aceitar as justificações e prazos referidos pelo Sr. Alcides Branco, não pode contudo significar uma redução das pressões no sentido de efectivamente se resolver a situação. Tanto mais que o Verão está a chegar.

Em relação à reunião com a Junta, apenas quero referir que fez a sua obrigação.
Louvo contudo o facto de a terem feito, depois de saberem o que "pensa" o presidente da CMM, sobre estas reuniões.
Mas provavelmente até isso foi um bom motivo para a fazerem.

jibita disse...

Aplaudo a "acta" aqui descrita.

O meu muito obrigado por nos por ao corrente das acções desenvolvidas sobre este caso.

Pena que o "elemento" da junta depois da dita reunião não o tenha feito com a clareza desta intervenção, e nos tenha informado com um verdadeiro "post" de merda, como tem sido habitual da sua parte.

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Bem, agradecendo desde já a informação, temo alguns comentários a tecer e dúvidas:
1.Não compreendi o quarto parágrafo do texto: o sr. Alcides Branco não está a ser pressionado? É que se assim é, Carlos Cabral deve explicações, bem como a JTLB e JTL…
2.A informação que tinha era de que a fábrica da Feira não tinha produção, ou tinha a mínima, engrossando a produção na fábrica da Lameira.
3.Nos dias 8 e 9 de Maio? Essa é para rir? Tem cheirado todo o ano. Sempre cheirou mal, há muitos anos que é assim, a diferença é que agora não é só “quando o vento muda”, mas todos os dias e com mais intensidade, o que vem, parece-me, confirmar que a produção está a ser feita aqui e não na Feira. Resta saber porquê…embora não seja difícil de intuir a resposta.
4.“É da convicção do Sr. Alcides Branco que o problema ficará resolvido quando o secador estiver a laborar em pleno e que os cheiros desaparecerão ou pelo menos serão pouco intensos e/ou frequentes.” Convicção? Desaparecerão OU serão pouco intensos E/OU frequentes? É esta a solução?
5.Quanto à transcrição do que lhe disse, “serei um dos primeiros a levantar-me e a criar graves incómodos à empresa, se o problema não for de facto resolvido. E não estarei sozinho: CMM, JFL, JTL, ADELB, partidos políticos, jornais, bloggers e população em geral, estarão ao meu lado.”, uma pergunta e um conselho: encabeça, como líder, que movimento? Tenha cuidado…
6.Em jeito de conclusão, ainda que não tenha compreendido muito bem que reunião foi esta (foi aberta à população ou foi uma reunião íntima e informal ou, ainda, formal? ), nem qual foi o papel da CMM, da JFL e da JTLB e tenha dúvidas num ou outro ponto que já referi, penso que terá sido um passo importante e meritório na resolução do problema, que é o que, afinal, interessa. Parabéns.

Jihad disse...

ummmm...até Julho...está-se aqui a tentar ganhar tempo...de Verão o cheiro da baganha não existe!!! Assim, a malta perde a tesão neste assunto enquanto estiver a ver o País a arder de Norte a Sul na Teelvisão!!!

Judas disse...

Secadores?!

Secadores, o digníssimo orgão reprodutor masculino! Isto tudo parece conversa de cabeleireiros!

Por favor instalem é seca-odores!

Realmente voces tem mesmo muita paciencia!

Até na Pampilhosa de vez em quando se sente o doce aroma!

D'artagnan disse...

Lua, vou tentar responder por pontos :-))

1 - O Sr A.B. (Alcides Branco) "está a ser pressionado nos mais diversos vectores" (SIC)

2 - A fábrica da feira não tem produção mas a sede legal da empresa é lá. Os impostos contribuem para o orçamento da Camara Municipal da sede e não da CMM.

3 - Sempre cheirou mal, mas não como nesses dois dias. Pelo menos, que eu me recorde.

4 - A palavra utilizada foi textualmente "convicção", pelo que as tuas (nossas) dúvidas são legitimas.

5- "serei UM dos primeiros", não quer dizer que serei o primeiro. Não tenho ambições políticas e não tenho qualquer sede de liderança, como sabes.

6 - A reunião foi informal.

Jihad:

Não há qualquer perca de "tesão". Pelo contrário, há uma fermentação do problema. Se o problema não ficar resolvido, espero que ninguém tenha a memória curta nem alma de cobarde.

Jerico:

O Sr. Presidente faz como entende. Não podemos apenas ficar à espera que "alguém" resolva o problema por nós. Acho que ainda tenho lá por casa, uma moca de Rio Maior dos tempos do PREC. Se eu fosse a ti, tratava de comprar uma também. Pode ser que dê jeito em Setembro (para comemorar o 27, é claro!)

Jorge Carvalho disse...

Os posts de merda do vogal da Xunta, encontraram eco no decíduo da dona JIBITA que é uma senhora que tem feito muito pelo Luso. Só que a senhora não sabe e o D ´Artagnan também não lhe disse ( nem tinha que dizer ) que foi o vogal da Xunta que marcou a reunião com o Sr. ALCIDES BRANCO e convidou o D´Artagan por ser um bom mosqueteiro na defesa do Luso. Agora a senhora Jibita...

Meus meninos e meninas: Deixem-me andar na minha luta pela minha terra à minha maneira, porque se eu abro muito o bico, já sei que aparecem por aí as JIBITAS e outras, também outros, a descascar através de um espiráculo com impropérios exalados como todos já sabemos.

Continuarei na XUNTA a servir e a ajudar o meu Povo, o meu Luso e todos os dias pratico o bem. Olhe minha Querida Jibita: A sua mãezinha que nasceu no mesmo dia do que eu, é uma boa senhora que eu respeito muito e não diz obscenidades como a menina. Esteve hoje na XUNTA e encontrou lá o "vogalzito" que, como é a sua obrigação (será?) lhe assinou o papelzito na horinha para a menina JIBITA ter apoio na sua licenciatura.
Por acaso sabe a menina JIBITA dizer-me quanto é que se paga nas outras Juntas de Freguesia do Concelho por tal atestado?! Não sabe?!
Pois fica a saber que foi o vogal da Xunta que, quando para aqui veio, aboliu estes pagamentos . COMO TEM SIDO HABITUAL DA PARTE DO POBREZITO VOGAL DA XUNTA.

ACORDE MENINA JIBITA: Faça alguma coisa pela sua terra deixe-se de ronceirismos, porque "mandar papaias em blogues" é tão fácil não é?

E ... FIM DE PAPO!

Jorge Carvalho disse...
Este comentário foi removido pelo autor.