As opiniões dos nossos comentadores
A propósito do "Paredão de Barrô"
"Diz o ilustre senhor, e passo a citar: « A intervenção socialista da c.m.m. e da j.f.l.,nos ultimos 20 anos, tornaram este lugar simpático um local onde o povo se sente muito bem e com excelentes condições para ali viver.»
Presumindo que o ilustre senhor torna este comentário extensível a toda a freguesia, tomo a liberdade de tecer sobre este tema as seguintes considerações:
- A população da freguesia era em 1991, 2713 habitantes e em 2001, 2750 habitantes. Cresceu portanto, 1,3%.(dados do ine)
- Em 1991 tinha 1196 habitantes com menos de 30 anos e em 2001 tinha 1032 habitantes. Diminuiu portanto, 14%.(dados do ine)
- Significa que a população jovem não encontrou cá condições para se fixar e migrou para outros locais.
Mas que raio! Com tão boas condições os nossos jovens vão embora?
Será o discurso ou os números que estão mal?
Disse."
Pindarello
3 comentários:
Tenho três perguntas e uma consideração a fazer (a quem souber e queira responder):
1 - A população total cresceu ou diminuiu (não apenas aquela com menos de 30 anos)?
2 - Qual a estrutura social da população? Segue a tendência de envelhecimento geral do País?
3 - Qual a tendência de evolução da população com menos de 30 anos em Portugal, Distrito de Aveiro, Mealhada e finalmente a freguesia do Luso?
Consideração - Normalmente, devemos comparar alhos com alhos e bogalhos com bogalhos. Não nos podemos esquecer que são justamente as populações mais jovens, desligadas do sector agricola, as primeiras a tentar a sua sorte noutras paragens. Igualmente não podemos esquecer a influência da taxa de natalidade, na reposição ou aumento da população com menos de 30 anos. Basta o envelhecimento normal e natural da população para fazer surgir uma tendência desse tipo.
caro d'artagan
Os últimos censos disponíveis mostram que a Vacariça e o Luso pararam de crescer, ao contrário das restantes freguesias do concelho. Isto é comparar alhos com alhos.
O aumento da esperança de vida beneficia o aumento populacional, dado que as pessoas "contam" durante mais tempo. Mas mesmo assim, parámos.
E parámos à custa do êxodo da população e da falta de condições locais para atrair ou manter as pessoas cá.
Quais os problemas?
PDM's e PU's estranguladores, falta de indústria, indústria hoteleira e termal em crise ou desactualizada ou abandonada, pouca dinâmica politica, incapacidade de optimizar os recursos que temos à disposição,...
Certo, Jerico.
Mas a comparação (ou seja a diminuição) da população com menos de trinta anos demonstra uma diminuição dos jovens (os "tais" com menos de trinta anos).
Imagina o seguinte (seria bom que fosse verdade): Imagina que não existiam nenhuns dos problemas que descreves no teu comentário, mas que tinhas uma estrutura social da população que seguia a tendência nacional. Imagina ainda que em 1991, tinhas uma população total de 15000 habitantes dos quais 5000 são jovens com menos de 30 anos (destes 1500 já têm mais de 20 anos, por exemplo). Imagina ainda que tens uma taxa de natalidade de 5 por mil. Ao final de 10 anos terias 750 nascimentos, mas terias 1500 individuos que já não seriam contados no escalão com menos de 30 anos. Ou seja, se por exemplo, os óbitos tivessem igualado os nascimentos, terias de facto um saldo nulo no crescimento da população e uma diminuição em 750 individuos, na classe até 30 anos.
Isto é um problema geral das sociedades ocidentais. Não só do Luso e muito menos de Barrô.
Não há mérito nem demérito para ninguém nisto tudo.
A solução passa por ver menos televisão e fazer mais de outras coisas. Digo eu. :-)))))
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