sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O Luso e as termas de Xichy

Na última assembleia municipal, Júlio Penetra (um dos poucos elementos daquela assembleia que diz alguma coisa que se aproveite, sem desprimor para mais dois ou três,... tá bem quatro), relança o debate sobre o Projecto Luso 2007, acusando a Sociedade da Água de Luso de não assumir os seus compromissos.
Uma intervenção que é desenvolvida no Mealhada Moderna cuja leitura recomendo.


Se bem me recordo, o Projecto Luso 2007 deveria ter sido iniciado em 2002 e concluído em ... 2007.
Estamos em 2008 e continuamos com umas termas do século passado. Nem um único azulejo foi removido ou colocado em nome do dito projecto.

Recordo também que este projecto resultou de um braço de ferro entre dois interlocutores: A SAL e a CMM.
Um braço de ferro que de pouco tem valido, perante o braço frouxo do actual presidente da CMM. Um braço tão frouxo que é incapaz de mostrar mais força que um punhado de comerciantes do Luso indignados e revoltados com os banhos que o Alberto da Ponte gosta de dar.


Em Fevereiro de 2007, assinou-se um protocolo para a realização de um estudo intitulado de LusoInova entre a CMM e a Universidade de Coimbra. Este projecto tem também uma pitada de SAL.
Um projecto que de acordo com os seus autores pretendia aproveitar as potencialidades locais e transformar o Luso nas Termas de Vichy.
Mais um estudo. Mais um projecto. Há resultados práticos? Há.
O Luso, aos poucos, vai-se transformando nas Termas de Xichy.

2 comentários:

pirandello disse...

Este é um tema que periodicamente vem á colação. Felizmente ainda há pessoas com funções politicas cá na terra que tentam evitar que entre no esquecimento. Fico sempre com a amarga sensação que a Câmara e a Junta podiam fazer mais alguma coisa. Fazer o quê? Talvez começar por perder o medo de fazer rupturas. E depois? Depois faze-las de facto. Como? Terminar com a subserviência do poder politico local em relação à SAL, atacando aquilo que para eles são interesses vitais.

D'artagnan disse...

Já agora, gostava de levantar mais uma pequena lebre, que já tem as orelhas todas furadas de tantos tiros levar:

- Porque é que o Exmo. Sr. Prof. Doutor Frederico Teixeira (que tão bem serviu os interesses das termas da Curia durante tantos e longos anos) foi dispensado do seu cargo de director clínico a partir do momento em que assumiu a função de coordenar o estudo LusoInova? Irá este estudo dar em alguma coisa que se veja?... duvido (ou em brasileiro: DUVIDE-Ó-DÓ)

- Porque é que a CMM não verga de uma vez por todas a soberba da SAL, obigando-os a pagar os devidos direitos de passagem das condutas que abastecem de água o engarrafamento do Cruzeiro. Haverá medo de represálias pessoais (nomeadamente processos legais) sobre os detentores de cargos públicos? É ou não, obrigação da Câmara (como legítimo representante das populações), tomar medidas imediactas, sob o risco do levantamento de dúvidas populares sobre essa legitimidade representativa? - O PSD até esfrega as mãos de contente...

- O senhor presidente da Câmara, disse em alto e bom som, para uma plateia de comerciantes, que a SAL tinha na CMM um aliado até ao dia 31 de Dezembro de 2007 e um "adversário" a partir desse dia. Será que isto se vai finalmente traduzir num "murro na mesa" e um finalmente: "BASTA!". Espero que sim!

- Será que anunciada fundação "Luso", vai servir para algo mais do que a obtenção de benefícios fiscais para a SAL e a criação de uns "tachitos" para os amigos reformados? Tenho sérias dúvidas.

- Haverá a necessidade de mais um levantamento popular como aquele que foi feito contra a Alcides Branco? É necessário não esquecer, também este assunto.

- Noutros tempos gritava-se "Aqui d'el Rei!" quando tentavam levar a água para a Mealhada, agora levam-na para a Escócia e NINGUÉM BUFA! Parece que já toda a gente se esqueceu dos tempos do PREC. Pelo menos nessa altura, não havia PIDE (nem ASAE, o que é basicamente o mesmo).

- Vivemos núm país de gente de brandos costumes... e está tudo dito. Recomendo que se encomende já 3000 unidades de Kilts e gaitas de foles, e emigremos rápidamente para a Escócia: Parece que lá, é que se podem gozar os lucros da água que tão generosamente aqui brota.

Touché...