sábado, 26 de janeiro de 2008

Projecto LusoInova: Investimento de 50 Milhões de euros e criação de 1000 empregos



A Câmara da Mealhada apresentou ontem o «LusoInova», projecto de desenvolvimento estratégico do Luso, que pretende ser um pólo turístico, através do investimento privado, que pode rondar os 50 milhões de euros e irá criar 1000 novos empregos até 2013
Quase um ano depois de ter lançado a ideia, a Câmara Municipal da Mealhada, juntamente com os parceiros Sociedade Água de Luso e Universidade de Coimbra, apresentou o projecto «LusoInova» - Centro de Saúde, Beleza e Bem-Estar. Um projecto elaborado por uma empresa de consultadoria que traça um rumo estratégico para o Luso, enquanto centro de turismo, neste caso baseado nas vertentes de saúde, beleza e bem-estar e todos os investimentos que, directa ou indirectamente, lhe estão associados. Efectivamente, trata-se de um plano que é sustentando sobretudo naquilo que for a apetência do investimento privado e que, num prazo que vai até 2013 pretende devolver ao Luso um vigor turístico ímpar «capaz de projectar o concelho, a região e mesmo o país como destino privilegiado», como referiu Carlos Cabral, presidente da Câmara da Mealhada.
O projecto aposta num segmento médio/médio alto, dirigido sobretudo a uma população com idade compreendida entre os 35 e os 60 anos e prevê a criação de quatro novas unidades hoteleiras, diversas clínicas de estética, pequenas unidades de investigação dedicadas à cosmética e anti-envelhecimento, o desenvolvimento da Zona Industrial de Barrô, ginásios, SPA, e lojas comerciais, como explicou a empresa autora do projecto.
Em termos gerais, o projecto aponta para um investimento na ordem dos 50 milhões de euros, a criação de 43 empresas e 1000 novos empregos, sendo certo que, na perspectiva da empresa de consultadoria, tudo dependerá e muito da iniciativa privada, sendo certo que «antes de quatro anos não prevejo que o projecto possa começar a dar os primeiros resultados».
Alberto da Ponte, administrador da Água do Luso, mostrou-se confiante no desenvolvimento do projecto, dando conta que a empresa não perdeu de vista a reestruturação termal do Luso – cujo projecto previa o início das obras em 2007 – pedindo «paciência» à população e tranquilizando-a ao dizer que «brevemente o projecto começará a ser desenvolvido».
Presente esteve também o coordenador do QREN para a Região Centro, dando conta que, para a região, estão previstos ao abrigo deste Quadro três mil milhões de euros, e considerando que, «se existirem projectos consistentes, válidos e com qualidade para o Luso, venham eles».
QREN que, como foi admitido, pode ter um papel determinante no desenvolvimento do projecto, já que se trata de investimentos que, como confidenciou ao nosso Jornal um dos empresários locais da área da construção presente, «só está acessível, numa primeira fase a grandes grupos económicos dado os elevados valores que podem envolver estes investimentos».
Apesar de louvarem que se tenha traçado um plano estratégico para o Luso, a verdade é que a apreensão foi um sentimento reinante no final da apresentação, quer por parte de empresários, quer mesmo de autarcas como o presidente da Junta de Freguesia do Luso que, ao nosso Jornal, não deixaria de confidenciar que «já não será no meu tempo que isto se irá concretizar», acrescentando ainda que «pelo que vi hoje, estão previstas muitas novas construções, mas a Câmara não se pode esquecer que, antes disso, é preciso considerar na revisão do PDM a disponibilização de terrenos que, neste momento não existem para esse efeito».

Noticia in Diario de Aveiro

4 comentários:

TAKITALA disse...

Dou razão ao Gonçalo Breda Marques que comenta no seu Blog o seguinte:
"Uma mão cheia de nada. Uma completa desilusão.
Se alguém tinha expectativas em relação a este projecto, depois da sua apresentação ficou completamente desiludido.
Primeiro, estamos todos cansados de ouvir que o nosso concelho tem muitas potencialidades (acessibilidades, localização, leitão, vinho, pão, Buçaco, Termas…) e perceber que pouco ou nada se faz.
Segundo, este projecto lança um conjunto de ideias mal explicadas, sem qualquer indício de que tenha existido um estudo sério e profundo, todas elas viradas para a iniciativa privada, sem qualquer previsão temporal definida, sem parceiros nenhuns definidos.
Porque razão apontam para a construção de 4 novos hotéis e não 3 ou 5? Falam da criação de emprego como falava Sócrates sem nenhum dado concreto. Vendem ilusões.
E o papel da Câmara em nenhuma ocasião foi explicado. Uma vergonha sem descrição.
Se tudo se destina à iniciativa privada e não existem contactos e muito menos certezas em relação a investidores uma vez mais estamos perante uma iniciativa que só serve para encher umas páginas de jornais, criar a ilusão de que algo está a ser feito e nada mais."

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Já temos um projecto de desenvolvimento turístico?
Fixe. E agora?

Lusitano disse...

Perspectivo que a montanha vai parir um rato !

pirandello disse...

Tenho criticado o presidente pela forma quase clandestina como tem gerido alguns acontecimentos que que dizem respeito ao Luso. Por vontade própria ou porque alguém lhe tenta passar à frente no protagonismo. No entanto, neste particular, justiça lhe seja feita, parece-me o unico a demonstrar lucidez.