quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Tesão de mijo


Na última edição do Expresso houve uma notícia em especial que me despertou a atenção.

"Hotel Penacova comprado por apresentador de canal de televisão"
Todo o texto irradia uma euforia, dinâmica empresarial e optimismo, que me contagiou e me fez sentir feliz por Penacova, terra que me encanta particularmente e que tem um enorme potencial turístico subaproveitado.
Uma energia positiva que tanto precisamos e que achei desde logo interessante divulgar aqui. Encantem-se ou roam-se de inveja com este pequeno excerto:
"Já viajei pela maior parte dos países do mundo, mas houve algo neste local que realmente me inspirou”, garante Gary McCausland, que em apenas seis semanas reformulou todas as áreas públicas do Hotel Penacova.
...
Até ao Verão, McCausland vai avançar com novos investimentos no Hotel Penacova, remodelando todos os 38 quartos, equipando-os com ecrãs plasma e sistemas de entretenimento, além de mobiliário Philip Stark nas casas de banho. Nesta remodelação serão investidos 25 mil euros em cada quarto, e em Fevereiro abre também o Spa."
Expresso, de 05 de Janeiro

O hotel abrira ao público a 31 de Dezembro.
Contudo, 4 dias depois... ainda a notícia do expresso não era pública...
Ao fim de quatro dias aberto ao público, o Hotel de Penacova prescindiu, na última sexta-feira, de praticamente toda a equipa de colaboradores. Ao todo, foram 14 os elementos dispensados. Um desfecho que não estava nos planos de ninguém, até porque, a unidade hoteleira mudou recentemente de mãos.
O contrato de cessão de exploração, assinado entre a Câmara de Penacova e o investidor irlandês Gary McCausland, celebrado a 20 de Novembro, que teria a duração de um ano e meio – com a possibilidade de renovação por mais seis meses –, terminou assim prematuramente para estes elementos.
O diário as Beiras

Um desfecho lamentável daquilo que parecia um belíssimo conto de fadas.
Para quem conhece o Eng. Maurício, presidente da Câmara de Penacova, e acompanhou o empenho que teve ao longo deste processo imaginará facilmente o grande bigode com que terá ficado. Literalmente.

1 comentário:

TAKITALA disse...

Jerico & Albardas
Esta História já é antiga !!!
É assim:
A empresa Gonçalves & Ferraz, Lda., que desde Janeiro de 2002 era responsável pela exploração do Hotel Palacete do Mondego, em Penacova, rescindiu unilateralmente o contrato com os proprietários da unidade hoteleira, a empresa Hotel Penacova, S.A, que integra capitais da Câmara Municipal, da Santa Casa da Misericórdia e de várias entidades particulares.
Na carta que foi enviada à empresa Hotel Penacova na segunda semana de Outubro, com efeitos a partir de dia 31 de Outubro. Para além da entrega das chaves e conferência de todo o recheio, a empresa Gonçalves & Ferraz sublinha, no documento, que caberia, a partir daquela data à administração do Hotel Penacova S.A «assumir a posição de entidade patronal relativamente aos trabalhadores da unidade». Em causa estavam 11 trabalhadores, entre cinco funcionários da recepção, dois do restaurante, um de andares, dois da cozinha e um afecto à direcção.

Em resposta, o Hotel de Penacova S.A deixou claro que «não assumia nenhuma das obrigações contratuais, e que se limitaria a conferir o material, a recolher as chaves do edifício totalmente livre e desocupado de pessoas e também de bens que não constassem do inventário do Hotel.

É aqui que está o “cerne da questão”
Nos 11 trabalhadores que a empresa Gonçalves & Ferraz contratou e que, ao rescindir o contrato pretendia deixar como “herança” à sociedade proprietária do Hotel Palacete do Mondego, facto que esta não viu com bons olhos, uma vez que ao reaver a unidade o devia fazer nas mesmas condições iguais àquelas em que a entregou, em Janeiro de 2002, “limpa” de compromissos.

Esta situaçao foi noticiada a 31/10/2007 aqui:
http://www.asbeiras.pt/print.php?area=coimbra&numero=51394&ed=01112007