sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Engana-me que eu deixo...

Em política, e talvez ao contrário do que dizem os manuais de psicologia social, não são as primeiras impressões que contam, mas as últimas, as quais encontram terreno fértil na fraca memória política das gentes. Esta, sabemos, é a premissa que sustem todas as eleições e campanhas políticas em Portugal; para bem e para mal. E é já sem surpresa que estamos à espera, em ano de eleições, de muito pão e muito circo. Apesar de "tudo" isto, penso que as propostas de Carlos Cabral em relação à redução do IMI, IRS e derrama são de aplaudir (mesmo que "ele" as tenha subido para poder agora reduzi-las). Não me importo deixar enganar quando beneficio/amos com isso; afinal, quantos de nós já não deixou beliscar as bochechas e aguentou um ósculo molhadinho de uma tia velha só para receber uns trocos para guloseimas?
De qualquer modo, reitero os meus aplausos à iniciativa camarária.

A notícia aqui.

[P.s. a tia velha, coitada, vai, quase invariavelmente, acabar num lar, lá para o final da estória...]

5 comentários:

Pedro Costa disse...

Se o jogo é assim e se no final acabamos por ganhar alguma coisa, porque não havemos de jogar?
Eu concordo sem rodeios. A democracia funciona basicamente nestes termos, mesmo nos países civilizados.
Em muitas ocasiões, mais importante que sermos ou não "ludibriados" é saber que o somos e assumidamente deixar. Há quem lhe chame inteligência.

FontedeCastanheiro disse...

Eu chamo-lhe "dar com uma mão e tirar com a outra".
Neste caso foi ao contrário, tiraram primeiro para dar depois!
E ainda é, se calhar!

BURRIQUEIRO disse...

EU JA ESTOU TAO HABITUADO A NAO RECEBER NADA DE BOM POR PARTE DOS POLITICOS, QUE O QUE VIER É LUCRO...

Selas disse...

até podia subir ...votavam todos nele(PS) outra vez, por isso não venham para aqui chorar...

D'artagnan disse...

Eu também gosto de ser enganado :-))))... mas aproveito para dar mais uma "achega" com outro post.