segunda-feira, 10 de março de 2008

Resultado das primárias socialistas: 10-1

Na sexta-feira passada a lista A, representada por Rui Marqueiro e a lista B representada por José Calhoa, entraram em campo para definir qual a lista vencedora da concelhia socialista.

Em jogo estava a disputa dos votos dos militantes que ficaram de fora das listas. Aqueles que iriam decidir a contenda.

O resultado final não podia ser mais expressivo:
Lista A: 120 - Lista B: 12
(por cada militante que votou na lista B, 10 votaram na lista A)

Ou seja:

Resultado final:
Lista A: 10 ; Lista B: 1
(ganda malhuço)

5 comentários:

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Só há 132 militantes ps com cotas pagas[por eles ou (como se sabe) pagando-as em troca do voto]? E é com isto que o "quem-nós-sabemos" consegue inferir ganhar com esta lista a cmm? Que haja optimismo!

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Ui... isso dá matéria para meia dúzia de posts ou mais.
Mas alguma coisa vou acrescentando. Assusta-me a pobreza de espírito de muitos "militantes" que não representam qualquer mais valia para coisa nenhuma. E não me refiro a nenhuma lista em especial. É geral para outras forças politicas.

Quando as listas A e B falam em renovar com caras novas, deveriam procurar renovar era com idéias novas. Com gente que realmente valha a pena e acrescente algo de novo. Ou então gente com vontade de trabalhar. Também são fundamentais.
Figurantes não vale a pena recrutar.
E, para quem está de fora, assusta observar que estes poderes e jogos politicos internos estão longe de se traduzir na melhor solução e na melhor equipa para enfrentar e resolver os problemas das pessoas que depois os irão eleger, na falsa convicção de que foi feita uma boa selecção interna e são de facto a melhor escolha.
É o mesmo que escolher uma selecção dos melhores escaladores do mundo, para depois terem como principal objectivo nadar os 100 metros mariposa.
Acontece a alguns excelentes trepadores nem saberem nadar.

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Gostei da analogia, lol. Acho que vou plagiar. Quanto ao resto, de acordo.

Gaius Germanicus disse...

Há dias tomei a liberdade de fazer uma outra analogia, que já tinha sido utilizada com Cavaco Silva. Independentemente da vitória de Marqueiro que foi expressiva, a verdade é que não foi lançada uma única nova ideia - prometeu baixar a derrama e o IMI, mas Cabral já o fez este ano ou no fim do ano passado.
E o que realmente me preocupa é essa gritante falta de novas ideias que pode vir com renovadores ou com a velha guarda. Preocupa-me é que Marqueiro tenha sérias possibilidades de ganhar a CMM sem ter um projecto na manga. Preocupa-me é saber que a sua ambição o pode levar, mais uma vez, a abandonar a presidência da CMM e voar mais alto, deixando no seu lugar um qualquer "compagnon de route" sem o mínimo de habilitações ou conhecimento técnico que leve a Câmara a enterrar-se num cemitério de vazios.
Nunca querendo questionar a soberania do povo que deu a eleição a Marqueiro, lembrava que também Fidel Castro e Sadham Hussein ganhavam eleições com margens de 98% dos votos, não querendo isso dizer que fossem bestiais. Diria que são resultados que espelham uma menor amplitude mental de quem elege.

Agora, sejamos sérios, não é áquele mitómano - "quem-nós-sabemos" - que eu reconheço rasgo político para inferir o que quer que seja dos resultados eleitorais. Sejamos humildes a ponto de reconhecer as nossas limitações.

Ave Caesar

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Caro Gaius.
Relativamente ao último parágrafo talvez não seja bem assim e vou tentar explicá-lo no próximo post.