quarta-feira, 25 de abril de 2007
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A quantidade de vezes e de leis, que são feitas para nos roubarem os ideais de uma madrugada, à conta de uma qualquer restrição orçamental. Hitler também chegou ao poder pela via democrática.
Publicada por D'artagnan às 4/25/2007 08:41:00 da manhã
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4 comentários:
Curioso é: ninguém se dar ao trabalho de comentar (ou entender), o que está em jogo.
É difícil ter-se liberdade quando não se tem pão, ou discordam? Alguns de nós estão convictos de que o estado miserável em que se encontra Portugal talvez passe por um facto que muitos ignoram, ou calam: as elites do Estado Novo que adormeceram a 24 de Abril de 1974 como ilustres da União Nacional adormeceram nas noites posteriores já como militantes dos PS e PSD, o gigantesco partido único que nos tem governado desde então. O seu passado foi enterrado e esquecido, mui convenientemente.
Portanto, uma Revolução em que não se mudam as elites governativas pode ser chamada de muita coisa menos de Revolução, eu diria que se tratou de uma mera intervenção estética. Se o Portugal pré 25 de Abril não era democrático, o que dizer do Portugal do pós 25 de Abril?
No movimento sindical o panorama não é diferente, o sistema vigente ofertou os direitos dos trabalhadores a um inofensivo PCP e é praticamente impossível legalizar-se um sindicato que fuja aos parâmetros do Sistema, ainda este ano foi declarado extinto um sindicato que o ousou fazer. Isto para vos demonstrar que o Sistema governa totalitariamente sobre todas as iniciativas, tanto de direita como de esquerda, que se ergam contra ele.
Não meus senhores, Portugal sofre hoje não devido à Revolução mas exactamente pelo contrário, Portugal não teve Revolução digna desse nome. Até a descolonização “exemplar” serviu apenas aos interesses capitalistas americanos e soviéticos, foram abandonados à sua sorte cidadãos portugueses brancos e negros, muçulmanos e cristãos, não por ser do interesse pátrio mas por conveniência das grandes potências da Guerra Fria.
A Revolução foi tão ineficaz que passados 33 anos o fantasma do Dr. Oliveira Salazar ainda assombra os políticos portugueses. Não comemoremos hoje a Revolução, choremos antes a falta de Revolução em Portugal!
Para aqueles que não se lembram é graças ao 25 de Abril que podem escrever neste blog.
É exactamente isso, Ana!
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