segunda-feira, 9 de abril de 2007

Uma resposta e várias perguntas


Lua, até determinada altura, a Avenida Navarro só se desenvolvia a partir da estátua do Emídio Navarro para cima, ou seja, no segmento da avenida mais próximo do Largo do Casino, havia apenas uma rua.

Foram feitas obras de alargamento do avenida, que implicaram a remoção de grande quantidade de terras que foram depois utilizadas para a construção da estrada nova (estrada que circunda o Grande Hotel e passa do lado de cima dos cortes de ténis do lago). É por esse motivo que a estrada e os terrenos já caíram uma vez sobre os cortes e teimam em se movimentar (basta ver como está a estrada nesse local).

Mais tarde, foi feita uma nova obra de remoção de terras, que implicou o alargamento da zona junto ao Hotel dos Banhos (e a demolição de uma casa que aí se encontrava).

Depois dessa última obra e depois de alguns Invernos rigorosos, verificou-se que a barreira estava instavel e que aluía com facilidade, colocando pessoas e viaturas em risco: foi por isso que foi pintado um traço amarelo no chão e que foi proibido o estacionamento nesse local (curiosamente, a paragem de autocarro que as nossas crianças frequentam, não foi retirada do local - vá-se lá saber porque carga de água).

Por último, é necessário não esquecer que o dono do terreno foi sucessivamente "roubado" em parcelas de terreno e não tem responsabilidades sobre a estabilidade das barreiras que lhe foram sendo sistematicamente subtraídas. Cabe ao estado, na pessoa de um dos seus representantes, proceder à respectiva obra de estabilização e segurança com a suavização do declive da barreira. Se o trabalho de remoção de terras puder ser utilizada para o aterro de uma zona de vale, aumentando assim a sua área útil, tanto melhor.

Já, relativamente ao (necessariamente existente) trade-off feito com o dono do terreno, no sentido de lhe ser permitido a construção de moradias ou prédios, desconheço os contornos exactos da situação, mas posso falar de alguns pormenores:

1 - A sugestão de PDM, implica a divisão do terreno em três parcelas que seguem as isométricas do terreno, sendo sugerido que a faixa mais junto à avenida seja área de expansão urbana imediata, permitindo a construção com o índice máximo (que no Luso é de 3 andares, salvo erro). É depois intercalada uma faixa de mancha verde e finalmente, na secção superior do terreno, é novamente permitida a construção.

2 - O técnico que esteve presente, tomou nota de uma série de sugestões feitas, e concordou que decerto tinham havido pressões políticas sobre o arranjo paisagístico, dada a existência de incoerências, nomeadamente tendo em linha de conta que o estatuto dos terrenos do lado contrário da Avenida se mantêm inalterados.

3 - Foi sugerida a criação de uma estrada que partindo do cimo da Avenida (junto ao cinema), rasgasse a meia encosta e fosse ligar aos depósitos junto da estrada de Viseu (ou por alternativa junto da casa do Sr. João Abreu), constituindo uma alternativa viavél para o trânsito que vindo de Penacova, não pretende passar dentro do centro do Luso.

4 - Foi sugerida que a área destinada a expansão urbana imediata (porque terá necessariamente de existir), se situasse na secção do terreno virada para a Turiluso, assegurando a continuação da existência de uma "paisagem verde" no centro do Luso.

5 - Ainda falta tempo (muito tempo) para que o PDM tenha uma versão final, para que venha para a discussão pública, e para que seja definitivamente aprovado em sede de Assembleia Municipal. Por isso mesmo, não há nada como debater a fundo o problema, antes da aprovação final para que possa ser um documento que espelhe as necessidades da maioria da população e não apenas de alguns.

6- Temos de nos manter atentos e com os pés bem assentes no chão.

7 - Peço desculpa pela extensão do post.

3 comentários:

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Obrigada pela informação, Gato.

future-believer disse...

Concordo a 110 %, que se permita a construção no Luso.
Há 50 anos havia mais pessoas no Luso a morar do que agora.

Estivemos em banho-maria tanto tempo porque?
Quanto mais investimento no Luso houver mais a sustentabilidade própria aumenta.

Já basta a delapidação que têm havido no pessoal da sal, onde qualquer dia passa haver mais empregados estrangeiros lá do que pessoal do Luso.

Se vierem para cá uns doutores de Coimbra, comprar o seu apartamento ou a vivenda, serão muito bem vindos, pois sempre ficará “algum” espalhado pelo comércio.

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Claro, future, mas desde q o pdm não esteja ao serviço da especulação imobiliária...