segunda-feira, 16 de abril de 2007

Demagogias

A realidade das pousadas da juventude em Portugal, depende muito mais da vontade do sector privado do que do sector público. Não basta afirmar que era necessário uma pousada da juventude, é necessário provar essa afirmação.

Reparemos sistemáticamente, na quantidade de casas que tem encerrado no Luso (nos últimos 30 anos), e que pelos seus preços, poderiam perfeitamente ser enquadráveis em clientelas "jovens":

Pensão Lusa
Pensão Avenida
Pensão das Termas
Hotel dos Banhos
Hotel Serra
Pensão Bussaco
Etc...

O problema É realmente a falta de um projecto global estruturado e estruturante que consista num motor efectivo do desenvolvimento da procura turistica, que entretanto também mudou:

1 - As vias de comunicação são melhores, por isso podemos visitar os locais sem termos de lá estar hospedados (o mesmo argumento serve a favor do Luso e não tem sido devidamente aproveitado - mas lá iremos num post próximo)

2 - O serviço nacional de saúde e os seus subsistemas, procuram cada vez mais a solução com base em tratamento clínico do que as termas (porque os laboratórios sempre vão oferencendo algumas coisas).

3 - As marcas "Bussaco" e "Luso" são de um modo geral desconhecidas do grande público europeu.

4 - Ao final de 3 dias, já não há nada de novo para se fazer e é mais facil mudar de poiso.

5 - As apostas feitas por parte do executivo camarário, nomeadamente em infraestruturas desportivas, estão agora a começar a dar frutos positivos e encontram-se sub aproveitadas por um tecido de industriais de hotelaria que aposta mais em "andar à boleia" do que em fazer algo para se promover.

6 - O Grande Hotel, a sua piscina e discoteca, eram o motor de manutenção de "juventudes" no Luso. Hoje esse vector deixou de existir e oas "Avós" deixaram de conseguir trazer os "Netos" para este "buraco nas beiras".

7 - Já foram sugeridos alguns projectos de (relativo) baixo custo, que poderiam fazer a diferença, como a reestruturação do Parque do Lago em praia fluvial, espectáculos ao ar livre etc.

8 - Falta uma classe de investidores privados dinâmicos, que não andem apenas armados em "corretores" e que consigam tornar-se parceiros viáveis para a vontade pública (em seu próprio interesse).

9 - FALTAM POLÍTICOS QUE PROPONHAM PROJECTOS GLOBAIS E NÃO APENAS MEDIDAS DESGARRADAS COMO A CRIAÇÃO DE UMA POUSADA DE "NÃO-SEI-O-QUÊ", OU A COMPRA DE UM ELEFANTE BRANCO COMO O CINEMA PARA FAZER "NÃO-SEI-O-QUANTOS".

3 comentários:

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Não esquecer a Estalagem.
Totalmente remodelada, para afinal ficar novamente ao abandono.

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Perfeitamente de acordo, Gato (para mim o local ideal seria o Miradouro (?) ). Podemos lamentar o facto de não existir iniciativa e investimento privado, mas não é por falta de privados que não se investe, para será por falta de medidas políticas que potenciem o facto. Além disso, há programas a que a CMM pode concorrer, como o PENT, para revitalizar o turismo. Basta ter a capacidade de fazer um bom projecto.

Jihad disse...

Muito bem visto...