Publico hoje o meu primeiro POST!
Esperei algum tempo para aqui chegar, mas cá estou. Desde já os meus agradecimentos à administração pelo convite.
O AmoteLuso, que sigo há muito tempo e para o qual contribuí esporadicamente, tornou-se uma referência incontornável no debate social da nossa terra. É um espaço plural, democrático e de renovação.
É pena que nos últimos meses tenha caído um pouco em participação. As polémicas, aqui várias vezes protagonizadas por alguns conhecidos "bloguers" e que alimentavam muita da motivação de quem vinha ver e comentar, amainaram bastante e isso, de alguma forma, revelou o que já é sintomático do povo lusense, ou seja, uma apatia (quase) generalizada em relação aos assuntos que merecem, realmente, ser discutidos por contraste com os posts com mais de 40 comentários relativos a escárnio e maldizer.
Não é nada de novo o que estou a dizer porque, se visitarmos o arquivo, já várias outras pessoas antes alertaram para isto.
No meu primeiro POST quero enrtão alertar para este marasmo colectivo em que vivemos.
Um marasmo que torna cegos, que não deixa os Lusenses ver onde está a verdadeira razão dos seus problemas. Para mim... Os próprios Lusenses!
Há muita coisa que se pode fazer sem estarmos à espera de umas termas de Luso a funcionar em pleno. Pois, quem garante que as termas é que são a solução? Podem dar uma ajuda mas as coisas já não são o que eram há dez anos atrás...
Há coisas que se fazem no Luso que deveriam receber mais apoios... coisas com valor, que procuram novos mercados, novas oportunidades.
Exemplos disso são as iniciativas levadas a cabo por alguns grupos de jovens como os carros clássicos, sinónimo de gente com algum status e, geralmente com dinheiro pra gastar. Ou um recente festival a organizar em Setembro e do qual recebi correspondência com a conta da água. Este busca um público jovem e activo, com energia para dar vida ao Luso.
Mas pelo que vou ouvindo, principalmente sobre os veículos antigos, parece que há entidades oficiais que cortam o gaz na hora de acelerar. É pena que assim seja, mas isso reflecte apenas a mentalidade de uma geração inteira de governantes pós 25 de Abril que tem sabido gerir a coisa pública em função dos seus interesses e daí a situação económica do país.
Portanto, o Luso precisa de uma nova visão estratégica. Que venham as termas sim, mas exijamos TODOS à DGRF que cumpra o plano de investimento para a Mata do Buçaco, exijamos todos que a fábrica do Alcides Branco deixe de empestar a região com aquela M..d. em formato gasoso que leva as pessoas a sair de cá; exijamos todos que se aposte em outras formas de além das que conhecemos desde há 50 ou 60 anos e que se encontram esgotadas; exijamos que a SAL deixe cá mais do que actualmente.
Sejamos exigentes, também, connosco próprios nesta corrida atrás do prejuízo. Vejamos a qualificação da maior parte das pessoas que trabalham em contacto com os turistas no Luso. Onde é que está a formação? Quanto(a)s empregado(a)s de limpeza ou de quartos ou de cozinha ou de mesa, sabem falar mais que Português (e às vezes nem isso)? E nos bares e restaurantes do Luso?
Então como é que que se pode querer qualidade e quantidade se não temos isso para oferecer?
Exijamos, então, primeiro de nós, para depois podermos exijir aos outros!