segunda-feira, 16 de julho de 2007

Decepcionante Saramago

O escritor “espanhol” José Saramago, prémio Nobel da literatura à custa da língua portuguesa, veio há dias ofender de forma hedionda os verdadeiros portugueses, aqueles que amam este País, dizendo que, mais cedo ou mais tarde Portugal iria se integrar na Espanha. Esta afirmação só tem desculpa porque este senhor já tem muita idade e deve sofrer de Alzheimer ou de outro tipo de doença esclerosante. Se o disse, tendo como comprovada a sua boa sanidade mental, então não tem direito à honra e ao privilégio de ser Português.
A pouca importância que, os políticos de Portugal e do seu próprio partido, lhe têm dado deixaram-no despeitado e rancoroso, sendo incapaz de defender e acarinhar Portugal. As suas ideias retrógradas e obcecantes de um ideal comunista já há muito morto, fomentam o ódio contra o capitalismo, contra as grandes potências económicas mundiais, fazendo com que neste mundo já não haja lugar onde ele possa viver, incluindo a sua própria Espanha.
A indignação causada pelas suas afirmações leva-nos a transformar a admiração que por ele nutríamos pelo desprezo, como se despreza todos aqueles que são os “ Migueis de Vasconcelos “ de Portugal.
Portugal é e será sempre um País de carácter universalista, a sua independência não está nem nunca estará em causa, só porque ao lado está uma Espanha, virtual, cinco vezes maior. Antes que Portugal seja dependente seja do que for, ainda haveremos de ver nesta Península Ibérica (que não é só dos espanhóis) com novas outras nações como o País Basco, Galiza, Catalunha. A Espanha será reduzida a sua “ significância” e a sua crista arrogante baixará.
Como disse o poeta português Fernando Pessoa, Falta cumprir-se Portugal e Portugal há-de cumprir-se.


9 comentários:

Lucius Licinius Lucullus disse...

Há duas categorias nos Premios Nobel que são eminentemente políticas e, como tal, devem ser olhadas sempre há luz desse facto. A qualidade dos laurados é secundária.
Este, além desse pequeno problema, demonstra que está realmente a ficar "avariado". Já todos os seus leitores tinham percebido.

Afroluso disse...

Acho que há gente de mais a dar demasiada importância ao que o homem disse.
Vamos lá a ver: o homem nasceu na Azinhaga em 1922, logo... se as contas não me falham, já passou hà muito dos 80 anos (e se tem escleroses ou não é-me indiferente - até há gente mais nova que as tem). É lá a opinião dele e, para mim, de reduzida relevância. Vale tanto a opinião deste "premio Nobel" como a do outro português com ele galardoado, o prof Egas Moniz que há muito está a fazer tijolo.
Deixai-o dizer as barbaridades que entender nos seus últimos anos de vida. E não se lhe dê mais importância do que a que o homem tem. A sua herança valerá pelos textos de alguns livros que (para além de venderem bem) tiveram algum interesse.

Unknown disse...

É deveras lamentavel que haja portugueses com opinião tão pouco patriotica, sem respeito por aqueles portugueses que lutaram e deram as suas vidas por amor a Portugal.A opinião de Saramago no artigo do Diario de Noticias é uma autentica traição a Portugal.O melhor para ele era naturalizar-se espanhol e deixar-se estar lá por essas terras.
Portugal será sempre Portugal e não se cega pelo eldorado espanhol, que até nem é nada por aí além, comparado com uma França ou Luxemburgo ,entre outros.

Jerico & Albardas, Lda. disse...

Com o passar dos anos o homem tornou-se mais Saramargo.

lua-de-mel-lua-de-fel disse...

Bem, antes de mais, fiquei a saber que os senhores companheiros bloggers não leram "A jangada de pedra" do Saramago.
Antes de mais, ainda, nunca compreendi esta facilidade de passar as pessoas de bestiais a bestas.
Antes de mais - só mais este pré -, o texto do senhor Lusitano (e, aproveito, se é assim tão patriota/nacionalista a mudar de nick, pq Lusitânia não é sinónimo de Portugal, partindo este erro do erro do grande Camões nos "Lusíadas"), mesmo compreendo a sua irritação, está demasiado visceral, ficando eu com a sensação que terão existido textos semelhantes contra o Salman Rushdie pelos seguidores do Aiatolá Khomeini ou contra Orhan Pamuk, na Turquia (Prémio Nobel no ano passado).
O Saramago é "apenas" um escritor, que está a usar o meio que a fama lhe deu para dizer o que pensa sobre o mundo, muitas vezes com a vaidade que pode ter. Acho que se está a dar muita importância ao facto, às coisas que ele diz fora do contexto da literatura. Contudo, é preciso ter algum cuidado e ler bem o que o Saramago disse na entrevista. Ele fala de uma integração económica e administrativa e não cultural; ou seja, ele não está a dizer que acha que os portugueses se devem tornar espanhóis, que deixem a sua cultura, a sua língua, as suas tradições, etc.. Não percebo o espanto, primeiro porque esta ideia de uma Iberia já tens alguns anos e, sejamos sérios a brincar, economicamente dependemos das resoluções da UE... E se, como disse Pessoa, "a minha pátria é a minha língua" não estou a ver nesta posição de saramago nenhum anti-patriotismo (apesar de o achar um sobranceiro e algo pedante, não obstante os méritos literários).

Gaius Germanicus disse...

Diz-se que aos artistas são permitidas veleidades que não se desculpam aos comuns mortais.
A Saramago todos reconhecemos momentos de génio como escritor- para mim principalmente no "Ensaio sobre a cegueira" - , mas intervenções infelizes como personalidade.
Óbviamente, Saramago e muito justamente, sentir-se-á amargurado com um país que o desprezou enquanto criador. Todos nos recordamos daquele infeliz episódio de Sousa Lara, se não me engano secretário de Estado da Cultura, com a pretensa heresia do "Evangelho segundo Jesus Cristo", inviabilizando a candidatura nesse ano de Saramago ao Nobel.
Ora, mas direito a opinar todos temos e, por isso, não serei eu a atirar mais uma "pedra da nossa hipocrisia" sobre aquele que valorizamos como escritor.
Numa linha de continuidade com a lua-de-mel-lua-de-fel, julgo que estamos a cair numa interpretação demasiado fundamentalista das suas palavras. Integração económica, para o bem e para o mal, existe desde há anos sem que nos apercebamos dela. Integração cultural, parece-me algo impossível. temos um conceito de identidade cultural com quase 1000 anos de história e, à parte dalguns, jamais dela prescindiremos.

Ave Caesar

Judas disse...

A desgraça de um país percebe-se quando reparamos que mesmo os seus melhores, são tão mauzinhos...

Iolarelarequicu disse...

Palpita-me que na triste hora da verdade, o fim, Saramago regressa a Portugal,onde permanecerá para sempre, não?

Unknown disse...

Que Saramago de una opinión aunque sea desacertada no debe hacer caer en insultar a España. Que España se separara? que es eso de que España son varios paises? hay nacionalidades, y 1 solo pais, y así será por mucho tiempo. No entiendo estos ataques. Las autonomias en España van muy bien y cada vez omo mas competencias. Un hecho, las Comunidades españolas tienen mas competencias que los estados federales de Alemania.