Estultos clichés
Ao explorar o site do Jornal da Mealhada, encontrei uma video-reportagem (uma brilhante ideia, parece-me) sobre a Escola Profissional Vasconcellos Lebre, considerada uma das que melhor funciona no país. É lamentável, contudo, a frase do director, João Pega: "As escolas profissionais têm como objectivo primário, principal (...), formar jovens para a vida activa, porque licenciados temos muitos."
Sem querer entrar na proficiência dos licenciados do país (mto desigual), a verdade é que, comparativamente com outros países da Europa, só temos cerca de apenas 10% de licenciados. Acresce a isto o facto de sermos um dos países que mais fuga de cérebros tem para o estrangeiro.
O que o senhor Pega deve ter querido dizer, e desculpem a presunção, é que em Portugal não há condições para que os licenciados tenham emprego, sobretudo porque são mão-de-obra mais cara.
E não será por acaso que temos o país que temos...
3 comentários:
É curioso um director de escola dizer essa frase. E isto porque quase todas as escolas profissionais (não digo todas porque posso ser injusto com alguma), usam como um dos estandartes na publicitação dos seus cursos e na angariação de jovens candidatos, o facto destes cursos profissionais permitirem o prosseguimento dos estudos. Nomeadamente para obterem uma licenciatura.
Muitos só iam lá para isso.
Como agora é facílimo entrar na universidade, a grande maioria das escolas profissionais tem dificuldade em preencher as vagas.
E quantos jovens da Vasconcellos entraram para a faculdade nestes últimos dois anos? Parece que foi só um e é burriqueiro.
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