Pais matematicamente fraquitos... mas espertos.
Como tem sido noticiado ultimamente nos meios de comunicação, o exame de Física e Química continha uma questão mal formulada, pelo que foi anulada.
A questão valia 8 pontos, num exame que tinha uma cotação total de 200 pontos. Deste modo o exame ficou reduzido a 192 pontos.
Era necessário fazer o acerto para tornar a valer 200 pontos.
A solução do ministério foi multiplicar as notas dos alunos pelo factor 1,0417. (192 pontos x 1,0417 = 200 pontos)
Deste modo um aluno que acertasse em todas as outras questões teria 200.
Um aluno que acertasse em 50% das cotações teria 100.
Um aluno que "não desse uma prá caixa" continuaria com 0.
Um grupo de pais e alunos contesta esta solução, alegando que o correcto seria atribuir a cotação total desta questão a todos os alunos. Ou seja: atribuir 8 pontos a todos os alunos.
Assim, um aluno que acertasse todas as questões teria 200.
Um aluno que não desse uma prá caixa teria 8 pontos. Ninguém tinha 0 ou menos de 8 pontos. E isto significa que uma escala supostamente de 0 a 200, ficaria transformada numa escala de 8 a 200.
Um aluno que acertasse em 50% das cotações teria 108 pontos (54%!!!)
Imagine um aluno que somou 90 pontos em 192 possíveis.
Pela solução do ministério o aluno fica com 90x1,0417=93,75 pontos (9,375 valores)
Pela solução dos pais o aluno ficaria com 98 pontos (9,8 valores). Quase 50% de respostas certas, quando, na verdade acertou menos de 47%.
Imagine se a questão tivesse uma cotação de 15 ou 20 pontos...
A solução dos pais melhora a nota a todos. Mas é matematicamente a mais correcta?
Parece-me óbvio que não. A solução dos pais beneficia todos, mas beneficia mais os alunos fracos.
A solução do ministério não beneficia nem prejudica ninguém.
Quem vai ganhar o braço de ferro nos tribunais? Não faço ideia. Com juízes formados em direito, até o tipo de papel dos exames pode influenciar os resultados.
A questão valia 8 pontos, num exame que tinha uma cotação total de 200 pontos. Deste modo o exame ficou reduzido a 192 pontos.
Era necessário fazer o acerto para tornar a valer 200 pontos.
A solução do ministério foi multiplicar as notas dos alunos pelo factor 1,0417. (192 pontos x 1,0417 = 200 pontos)
Deste modo um aluno que acertasse em todas as outras questões teria 200.
Um aluno que acertasse em 50% das cotações teria 100.
Um aluno que "não desse uma prá caixa" continuaria com 0.
Um grupo de pais e alunos contesta esta solução, alegando que o correcto seria atribuir a cotação total desta questão a todos os alunos. Ou seja: atribuir 8 pontos a todos os alunos.
Assim, um aluno que acertasse todas as questões teria 200.
Um aluno que não desse uma prá caixa teria 8 pontos. Ninguém tinha 0 ou menos de 8 pontos. E isto significa que uma escala supostamente de 0 a 200, ficaria transformada numa escala de 8 a 200.
Um aluno que acertasse em 50% das cotações teria 108 pontos (54%!!!)
Imagine um aluno que somou 90 pontos em 192 possíveis.
Pela solução do ministério o aluno fica com 90x1,0417=93,75 pontos (9,375 valores)
Pela solução dos pais o aluno ficaria com 98 pontos (9,8 valores). Quase 50% de respostas certas, quando, na verdade acertou menos de 47%.
Imagine se a questão tivesse uma cotação de 15 ou 20 pontos...
A solução dos pais melhora a nota a todos. Mas é matematicamente a mais correcta?
Parece-me óbvio que não. A solução dos pais beneficia todos, mas beneficia mais os alunos fracos.
A solução do ministério não beneficia nem prejudica ninguém.
Quem vai ganhar o braço de ferro nos tribunais? Não faço ideia. Com juízes formados em direito, até o tipo de papel dos exames pode influenciar os resultados.
1 comentário:
A verdade, contudo, é que o erro não foi dos alunos, mas da comissão que esteve um ano a preparar os exames. É tb difícil contabilizar a variável tempo-gasto-a-tentar-perceber-a-pergunta, que pode ter influenciado a prestação nas outras questões.
Enviar um comentário