Aula de Gestão: O TURISMO....!.... (local)
A primeira pergunta sobre turismo ou a sua necessidade, passará sempre pelo tema do incómodo causado: porque havemos de ser incomodados por uma cambada de tansos, que nos invadem os nossos espaços públicos, armados com uma máquina fotográfica ou uma Cam-corder ? .... Estávamos tão sossegados na nossa vidinha e agora, passamos o tempo a ser incomodados por estes palermas que nem português conseguem falar!.... Não há paciência!
Pois é! Por ridículo que pareça, é o dinheiro que esses "tansos" deixam nos nossos hotéis, restaurantes, táxis, lojas, aeroportos,"gift shops", etc, que faz com que tenhamos paciência para os aturar....Somos uns vendidos!... Uns vendidos com "pinta", mas ainda assim, uns vendidos (para não lhe chamar coisa pior).
Ao contrário de outras actividades económicas, a actividade turística, é uma actividade virtuosa e "quase" sem inconvenientes... desde que estejamos habituados a lidar com pessoas estranhas que invadam a nossa privacidade e os nossos espaços (isto é válido para tudo, inclusive para a argumentação política). Se a democracia é a face tolerante da gestão do trato humano (a que chamamos liberdade política), o turismo é a face tolerante das relações económicas.
Mas há um problema.... o turista é normalmente uma pessoa mais viajada e esclarecida que o "visitado", o que resulta em alguma dificuldade em lhe "impingir" bugigangas, recuerdos, ou bilhetes de entrada, para coisas que no final possuem um sabor a "fraude". Com o advento da Internet, não há nada pior que má publicidade ou imagens de amadorismo, como as que tantas vezes proporcionamos a quem nos visita.
Quem, em primeiro lugar, sofre as consequências (positivas ou negativas) das acções tomadas sobre o turismo, são as unidades hoteleiras em sentido lato e os hotéis em sentido estrito, já que são eles que levam "a parte de leão" do orçamento de qualquer turista e, por isso mesmo, são eles que tendem a pagar a profissionais mais competentes e em apostar mais em formação de topo, no sentido de criar atractivos para um local que sejam DE FACTO comercializáveis... ou seja ... dêem LUCRO (finalidade desde sempre da actividade turística, por mais que isto doa ao pessoal da esquerda radical). Mas este "dar lucro" não é o da exaustão dos recursos existentes, mas o da maximização da utilização dos mesmos, criando motivos de distinção do produto relativamente a outros locais concorrentes. O objectivo é o de conseguir, à custa do dinheiro dos turistas, uma ajuda ao financiamento de conservação das coisas que nos causam prazer, ou seja, do nosso património. Os turistas são assim, um "mal necessário" aos olhos de muita gente e, um "nem-bem-nem-mal necessário" à vista da maioria dos agentes económicos esclarecidos.
Qualquer plano de desenvolvimento de qualquer património nacional, seja ele edificado, natural, cinegético, gastronómico ou cultural, passa necessariamente pela elaboração de planos de viabilidade económica que entrem em linha de conta com o factor "turismo" e com o factor "dinheiro do turismo" e, não se compagina com a gestão de ciclos políticos locais, que se revelam (quase sempre) danosos ao património (a curto e longo prazo).
Se estamos doentes, vamos ao médico; se queremos uma casa, contratamos um arquitecto; se queremos comer, contratamos um cozinheiro.... o que é que é difícil de entender neste raciocínio?
Se queremos uma política de turismo que funcione (no Concelho da Mealhada, no Luso e em especial no Buçaco) e que possa funcionar como uma mais valia financeira na conservação do património e no bem estar das populações, há que entregar a gestão desse assunto a gente que saiba (já que toda a gente tem a "mania" que nasceu a perceber de turismo, apesar de nunca ter saído do seu vão de escada).
Em todas as situações que conheço, a contratação de profissionais e não de "boys for the job", sai mais barato a todos... EM TODOS OS SENTIDOS!
Espero que não se esqueçam disto, da próxima vez que colocarem a vossa cruz num boletim de voto. Se se esquecerem, eu relembro-vos na altura das eleições!... Está prometido!
Touché.....
Pois é! Por ridículo que pareça, é o dinheiro que esses "tansos" deixam nos nossos hotéis, restaurantes, táxis, lojas, aeroportos,"gift shops", etc, que faz com que tenhamos paciência para os aturar....Somos uns vendidos!... Uns vendidos com "pinta", mas ainda assim, uns vendidos (para não lhe chamar coisa pior).
Ao contrário de outras actividades económicas, a actividade turística, é uma actividade virtuosa e "quase" sem inconvenientes... desde que estejamos habituados a lidar com pessoas estranhas que invadam a nossa privacidade e os nossos espaços (isto é válido para tudo, inclusive para a argumentação política). Se a democracia é a face tolerante da gestão do trato humano (a que chamamos liberdade política), o turismo é a face tolerante das relações económicas.
Mas há um problema.... o turista é normalmente uma pessoa mais viajada e esclarecida que o "visitado", o que resulta em alguma dificuldade em lhe "impingir" bugigangas, recuerdos, ou bilhetes de entrada, para coisas que no final possuem um sabor a "fraude". Com o advento da Internet, não há nada pior que má publicidade ou imagens de amadorismo, como as que tantas vezes proporcionamos a quem nos visita.
Quem, em primeiro lugar, sofre as consequências (positivas ou negativas) das acções tomadas sobre o turismo, são as unidades hoteleiras em sentido lato e os hotéis em sentido estrito, já que são eles que levam "a parte de leão" do orçamento de qualquer turista e, por isso mesmo, são eles que tendem a pagar a profissionais mais competentes e em apostar mais em formação de topo, no sentido de criar atractivos para um local que sejam DE FACTO comercializáveis... ou seja ... dêem LUCRO (finalidade desde sempre da actividade turística, por mais que isto doa ao pessoal da esquerda radical). Mas este "dar lucro" não é o da exaustão dos recursos existentes, mas o da maximização da utilização dos mesmos, criando motivos de distinção do produto relativamente a outros locais concorrentes. O objectivo é o de conseguir, à custa do dinheiro dos turistas, uma ajuda ao financiamento de conservação das coisas que nos causam prazer, ou seja, do nosso património. Os turistas são assim, um "mal necessário" aos olhos de muita gente e, um "nem-bem-nem-mal necessário" à vista da maioria dos agentes económicos esclarecidos.
Qualquer plano de desenvolvimento de qualquer património nacional, seja ele edificado, natural, cinegético, gastronómico ou cultural, passa necessariamente pela elaboração de planos de viabilidade económica que entrem em linha de conta com o factor "turismo" e com o factor "dinheiro do turismo" e, não se compagina com a gestão de ciclos políticos locais, que se revelam (quase sempre) danosos ao património (a curto e longo prazo).
Se estamos doentes, vamos ao médico; se queremos uma casa, contratamos um arquitecto; se queremos comer, contratamos um cozinheiro.... o que é que é difícil de entender neste raciocínio?
Se queremos uma política de turismo que funcione (no Concelho da Mealhada, no Luso e em especial no Buçaco) e que possa funcionar como uma mais valia financeira na conservação do património e no bem estar das populações, há que entregar a gestão desse assunto a gente que saiba (já que toda a gente tem a "mania" que nasceu a perceber de turismo, apesar de nunca ter saído do seu vão de escada).
Em todas as situações que conheço, a contratação de profissionais e não de "boys for the job", sai mais barato a todos... EM TODOS OS SENTIDOS!
Espero que não se esqueçam disto, da próxima vez que colocarem a vossa cruz num boletim de voto. Se se esquecerem, eu relembro-vos na altura das eleições!... Está prometido!
Touché.....
2 comentários:
TURISMO: Limitações (lado da procura)
-> "Confundem" turismo com turista;
-> Torna-se "impossível" circunscrever o sector do turismo;
-> O turismo emerge, fundamentalmente, como fenómeno sociológico e não económico;
-> A "confusão" instalada contribui para que "todos" saibam de turismo, e, consequentemente, para o pouco profissionalismo que impera no sector
Naturalmente que além do lado da oferta (que é o versado no post), acrescentares o lado da procura no sentido de encontrar um ponto de equilíbrio de mercado estás a aumentar a precisão da informação, mas para isso é melhor marcarmos uma cafezinho e conversarmos fora do blog. :-))))
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