A questão da concessão da Sociedade da Água de Luso
Depois da surpresa do comunicado que ontem foi divulgado, resta fazer uma primeira análise (ainda a quente), sobre a situação. Comecemos por fazer uma breve análise histórica:
Nos últimos anos verificou-se o seguinte:
Grande Hotel: fecho de todas as estruturas de convívio ao exterior com a colocação de preços proibitivos para o comum lusense e/ou outros turistas que frequentassem o Luso. Aquilo que era um centro de socialização composto pelo triângulo Balneário-Piscina Monumental- Alameda do Casino, passou a ser um "nada", com consequências óbvias para todo o turismo no Luso. É óbvio que havia abusos, mas não sei se não seria mais correcto punir apenas os abusadores e não todo um destino turístico.
Sociedade da Água de Luso: Mudança da sede para a Vacariça e respectivo pessoal com as consequências normais para o comercio do Luso. Venda do Grande Hotel e entrega de toda a zona correspondente ao balneário 2 e edifício da sede, anulando por completo a possibilidade de expansão sustentada do balneário, nomeadamente no que diz respeito à possível construção de um SPA moderno, coordenável com o termalismo tradicional. Construção de um pipeline para a fábrica da Vacariça e anunciado desmantelamento do actual engarrafamento.
Balneário: Encerramento do Balneário 2, com a consequente diminuição dos postos de trabalho. Manutenção das estruturas balneares existentes tal como estavam, deixando que o passar de moda e a idade façam o resto. A classe médica (responsável pela angariação de clientes termais) perdeu as suas regalias e descontos, num desajuste total com a realidade da promoção de produtos medicinais, tão agressivamente levada a cabo pelos laboratórios farmacêuticos.
Animação Termal: Programas cansativos, que chegam tarde e às más horas, feitos sem orçamento digno e/ou vontade.
Café do Casino: Nem vale a pena falar disso.
Ultimamente a Sociedade da Água de Luso, tem DE FACTO apresentado muitos projectos: MAS NÃO EXECUTOU NEM UM, NA VERTENTE TURÍSTICO-TERMAL. 10 anos de promessas, parecem-me tempo demais, para uma empresa que tem como compromisso de concessão o "continuado desenvolvimento" da vertente termal. Apresentar projectos em cima de projectos não é desenvolver... é adiar até que venha a próxima administração (parece que vai ser agora).
O divórcio sistemático e continuado da Sociedade da Água de Luso face ao LUSO, na tentativa de retirada de todas as estruturas excepto o furo que alimenta a fábrica do Cruzeiro, leva-nos a fazer a seguinte pergunta: SERÁ QUE AINDA FAZ SENTIDO USAR O NOME LUSO NAS GARRAFAS?
Depois de passar por alguns quilómetros de tubo inox e consequente tratamento no engarrafamento do Cruzeiro, podemos ter a certeza de ter uma água de mesa de grande qualidade (que ninguém tenha disso dúvidas), mas tenho dúvidas que possamos dizer de facto, que temos: "ÁGUA DO LUSO"
Touché...
Nos últimos anos verificou-se o seguinte:
Grande Hotel: fecho de todas as estruturas de convívio ao exterior com a colocação de preços proibitivos para o comum lusense e/ou outros turistas que frequentassem o Luso. Aquilo que era um centro de socialização composto pelo triângulo Balneário-Piscina Monumental- Alameda do Casino, passou a ser um "nada", com consequências óbvias para todo o turismo no Luso. É óbvio que havia abusos, mas não sei se não seria mais correcto punir apenas os abusadores e não todo um destino turístico.
Sociedade da Água de Luso: Mudança da sede para a Vacariça e respectivo pessoal com as consequências normais para o comercio do Luso. Venda do Grande Hotel e entrega de toda a zona correspondente ao balneário 2 e edifício da sede, anulando por completo a possibilidade de expansão sustentada do balneário, nomeadamente no que diz respeito à possível construção de um SPA moderno, coordenável com o termalismo tradicional. Construção de um pipeline para a fábrica da Vacariça e anunciado desmantelamento do actual engarrafamento.
Balneário: Encerramento do Balneário 2, com a consequente diminuição dos postos de trabalho. Manutenção das estruturas balneares existentes tal como estavam, deixando que o passar de moda e a idade façam o resto. A classe médica (responsável pela angariação de clientes termais) perdeu as suas regalias e descontos, num desajuste total com a realidade da promoção de produtos medicinais, tão agressivamente levada a cabo pelos laboratórios farmacêuticos.
Animação Termal: Programas cansativos, que chegam tarde e às más horas, feitos sem orçamento digno e/ou vontade.
Café do Casino: Nem vale a pena falar disso.
Ultimamente a Sociedade da Água de Luso, tem DE FACTO apresentado muitos projectos: MAS NÃO EXECUTOU NEM UM, NA VERTENTE TURÍSTICO-TERMAL. 10 anos de promessas, parecem-me tempo demais, para uma empresa que tem como compromisso de concessão o "continuado desenvolvimento" da vertente termal. Apresentar projectos em cima de projectos não é desenvolver... é adiar até que venha a próxima administração (parece que vai ser agora).
O divórcio sistemático e continuado da Sociedade da Água de Luso face ao LUSO, na tentativa de retirada de todas as estruturas excepto o furo que alimenta a fábrica do Cruzeiro, leva-nos a fazer a seguinte pergunta: SERÁ QUE AINDA FAZ SENTIDO USAR O NOME LUSO NAS GARRAFAS?
Depois de passar por alguns quilómetros de tubo inox e consequente tratamento no engarrafamento do Cruzeiro, podemos ter a certeza de ter uma água de mesa de grande qualidade (que ninguém tenha disso dúvidas), mas tenho dúvidas que possamos dizer de facto, que temos: "ÁGUA DO LUSO"
Touché...
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