sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Sociedade da Água de Luso com a concessão em causa?

(foi-nos enviada a seguinte nota que passamos a divulgar)

Comerciantes e Hoteleiros de Luso

Nota de Imprensa

Processo de revitalização das Termas de Luso

Um grupo de 20 comerciantes e hoteleiros do Luso, reuniu nos Paços do Concelho da Mealhada, no passado dia 7 de Fevereiro de 2008 com o Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal, Carlos Cabral, no âmbito dos contactos mantidos desde 2006 com a edilidade, no sentido de estimular o processo de revitalização das Termas de Luso.

Concretamente, a Câmara Municipal foi interpelada sobre a posição do edíl face ao esgotamento do prazo de execução do projecto “Luso 2007”, na sua vertente hoteleira, turística e termal, que deveria estar concluída até 31 de Dezembro de 2007.

Perante as preocupações e dúvidas expressas pelos comerciantes e industriais de hotelaria, o Sr. Presidente adiantou que continuava à espera de uma resposta definitiva por parte da Sociadade da Água de Luso (detida a 100% pela Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, Grupo Scottish and Newcastle, recentemente adquirido pela Heineken-Carlsberg), resposta essa que tem vindo a ser sucessivamente adiada por esta empresa e pelos seus representantes.

Tantos e sucessivos adiamentos justificam plenamente a impaciência gerada e o inconformismo relativamente à continuada degradação, desleixo e abandono das instalações termais, que por obrigação legal decorrente do contrato de concessão, deveriam ser “continuadamente desenvolvidas”, como forma de compensar o país pelo uso em proveito privado, de um recurso natural público.

É convicção do Sr. Presidente, que os projectos de construção de natureza industrial, anunciados recentemente pela empresa (transferência do engarrafamento para a Vacariça e construção de unidade asséptica no Cruzeiro), só farão sentido, no que depender da Câmara, se forem efectuados conjuntamente com a indispensável remodelação do sector termal.

Temendo mais um adiamento por parte da empresa concessionária, e perante o claro incumprimento do Contracto de concessão de exploração da água mineral natural de Luso, este grupo de comerciantes e hoteleiros, em nome do interesse geral do povo do Luso e do Concelho, está neste momento a estudar a interposição de uma acção judicial visando a impugnação do direito de concessão, decisão essa que foi comunicada ao Sr. Presidente da Câmara.

Luso, 7 de Fevereiro de 2008

(Os Comerciantes e Hoteleiros de Luso)

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