terça-feira, 11 de janeiro de 2011

DEVO VIVER NOUTRO MUNDO......

"O abate de árvores no interior dos muros da Mata Nacional do Bussaco, realizado no final do ano de 2010, está a provocar fortes criticas à Fundação Mata do Bussaco. A Fundação dá conta de que o abate de pinheiros doentes e acácias de grande porte se trata de uma medida prevista no Plano de Ordenamento de Gestão da Mata, considera não estar contente com o trabalho do madeireiro e garante que vai apurar responsabilidades de algum problema que tenha havido. O Jornal da Mealhada sabe que outras espécies – garantidamente azevinho e possivelmente medronheiro e sobreiro – também foram negligentemente cortadas. O assunto já levou à intervenção da Guarda Nacional Republicana, que garante que até ao final desta semana apurará se há lugar, ou não, ao levantamento de contra-ordenações. A Fundação da Mata do Bussaco adjudicou a um madeireiro o abate e remoção da madeira de cento e sete pinheiros bravos localizados no Pinhal do Marquês e na zona do Serpa, no interior dos muros da Mata Nacional do Bussaco. Segundo nos informou António Jorge Franco, presidente da Fundação, esses pinheiros estariam secos – eventualmente doentes – ou mostrariam sinais de estarem a secar. Ao mesmo tempo, e aproveitando a oportunidade, foram, ainda, abatidas várias acácias de grande porte que se encontravam nas mesmas zonas. “Estas medidas – o corte das acácias, o corte dos pinheiros secos e a substituição dos pinheiros por outras espécies autóctones –, numa zona que não é a zona nobre da Mata, estão previstas no Plano de Ordenamento e Gestão da Mata e foram classificadas como sendo prioritárias”, justifica António Jorge Franco. “O Plano de Ordenamento e Gestão da Mata é um documento da Autoridade Nacional Florestal, resultante de um trabalho da Universidade de Aveiro. Não foi feito por nós!”, diz, ainda, o presidente da Fundação.“Identificámos as árvores a abater, dividimos a área em seis lotes e convidámos seis empresas a apresentarem-nos preços para o abate a remoção da madeira”, acrescenta António Jorge Franco, que disse também: “Escolhemos o que melhores condições nos apresentou”. Esta operação de abate de árvores no interior da Mata causou bastante estranheza a muitas pessoas e a contestação avolumou-se, levando mesmo à apresentação de várias denúncias à Guarda Nacional Republicana. Paulo Serra, capitão do destacamento de Anadia da Guarda Nacional Republicana, ao Jornal da Mealhada, informou: “Chegaram-nos várias denúncias, de particulares, algumas delas sem a identificação do autor”. A contestação à medida prende-se com vários assuntos. Especialistas na matéria garantem que foram marcados pinheiros saudáveis, e que o abate das acácias de grande porte é contraproducente, na medida em que com entrada de mais luz, rebentarão as sementes de acácia que já se encontram no solo. Por outro lado, considera-se que o trabalho do madeireiro não terá sido o mais adequado, o abate dos pinheiros – que foram derrubados para cima de outras espécies –, a movimentação das máquinas, o tratamento da madeira doente, entre outros procedimentos, terão provocado estragos muito consideráveis. Estes estragos terão levado ao corte de azevinhos, uma espécie com protecção legal, e eventualmente – sem que tenhamos conseguido comprová-lo – de medronheiros e sobreiros. Este facto que terá levantado criticas à alegada falta de supervisão por parte dos serviços técnicos florestais da Fundação.“Não houve autorização e eu não tenho conhecimento de que tenha havido corte de outras espécies para além dos referidos pinheiros e das acácias”, garante António Jorge Franco, que acrescenta: “Houve supervisão por parte dos serviços da Fundação. Tenho plena confiança nos técnicos da Fundação e, em vários momentos, mandámos corrigir defeitos na atuação do madeireiro”.“Posso adiantar que não estamos satisfeitos com o trabalho do madeireiro, houve estragos, nomeadamente num fio da rede elétrica, entre outros problemas”, declarou António Jorge Franco. “Se foi cometida alguma ilegalidade, se for verdade que essas espécies foram cortadas vai haver apuramento de responsabilidades – sejam de quem for – e haverá consequências”, disse, também, o presidente da Fundação Mata do Bussaco.O presidente da Fundação dá a cara e defende os colaboradores da instituição que são, ainda, acusados de estarem a fazer erros graves na gestão da Mata. Ao Jornal da Mealhada, especialista na matéria afirma que a intervenção no Vale dos Abetos – com o corte dos jarros e das hortênsias – põe em causa a sustentabilidade ambiental daquela zona tão nobre e frágil da Mata. António Jorge Franco, ao Jornal da Mealhada, manifestou o seu descontentamento pelo facto de o alarido à volta deste caso ter sido feito de forma quase anónima. “Foram enviados e-mails a denunciar a situação para várias pessoas – nomeadamente a professores universitários que têm connosco colaborado – e instituições, mas nenhum para a Fundação. Foram feitas queixas à GNR e não houve contactos connosco por parte de nenhum dos denunciantes. Apenas duas pessoas nos abordaram, de forma construtiva, sobre o assunto. Acho lamentável que isto aconteça!”, afirmou, deixando o apelo: “As pessoas que procurem obter os esclarecimentos de forma directa, e sem esconder a cara!”. “Felizmente, a maior parte das pessoas que terão recebido esses e-mails pediram-nos esclarecimentos directamente e pudemos informá-las da verdade”, disse ainda. " in Jornal Mealhada

AFINAL COMO FICAMOS???? DEVO VIVER NOUTRO MUNDO DE CERTEZA......

1 comentário:

Anónimo disse...

Temos o António Jorge a tentar safar a nora do Cabral, o Raul Aguiar e a tentar safar-se a ele próprio, escudando-se num trabalho acdémico feito pela Universidade de Aveiro por encomenda da Autoridade Florestal Nacional.
É com frases como a última que os políticos da treta se medem, porque qualquer pessoa com dois dedos de testa percebe que o trabalho feito no interior da Mate está como a cara de quem o devia ter supervisionado: um vomitado de cerveja.
Enganem-se a vós próprios! Convençam-se que fizeram tudo bem e quem errou foi quem fez o estudo... ACADÉMICO!!!
Esforcem-se por salvar o coiro a esses "técnicos florestais", que de certeza eles hão-de presenterar-vos rapidamente com mais alguns episódios dignos das cenas ds próximos capítulos.
ACORDEM LUSENSES. Esta Fundação só veio para sugar o que a Mata puder em vez de lhe dar o que ela precisa!