segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

A Engenheira Anabela Bem-Haja tem ou não interesse em esclarecer a sua situação?

Para quem não saiba, o técnico na área florestal ao serviço da Fundação Mata do Bussaco chama-se Engª Anabela Bem-Haja Saraiva e foi contratada pela Câmara Municipal da Mealhada (inicialmente), prestando actualmente serviços no Buçaco no âmbito da posição que a Câmara detém na Fundação. Posição detida pela Câmara que lhe deu, aliás, a possibilidade de eleger um seu anterior vereador (o Engenheiro António Jorge Franco) como actual presidente da Fundação. A técnica, foi contratada no âmbito de um protocolo com o centro de emprego e formação profissional, sendo 50% do seu ordenado pago pela Câmara Municipal e os restantes 50% pelo centro de emprego.

Uma rápida pesquisa pela net permitirá identificar os diversos concursos públicos em vários Municípios da Região aos quais se candidatou e quais as suas classificações (acima da média), que infelizmente não foram altas o suficiente para conseguir ganhar os concursos.

Ver por exemplo:
http://dre.pt/pdf2sdip/2010/03/049000000/1134311343.pdf

http://dre.pt/pdf2sdip/2009/12/237000000/4976149761.pdf

http://figueiradigital.ficheirospt.com/municipe/rh/2010-10_la_florestal.pdf

http://www.cm-cantanhede.pt/dataimages/p_18785listadeadmitidosexcluidosemarcacaodeprovas2.pdf

http://www.cm-cantanhede.pt/RecursosHumanos/Docs/Files/Eng.%20Florestal%20-%20Lista%20Definitiva%20em%20sede%20de%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20curricular.pdf

Não querendo entrar pela área técnica, fazendo qualquer apreciação sobre o seu trabalho de supervisão na Mata Nacional do Bussaco, nomeadamente nas questões que têm sido debatidas neste blog, parece-me que haveria vantagem por parte da Srª Engenheira em esclarecer publicamente o seu processo de contratação, uma vez que tem laços familiares directos (é nora) com o Sr. Presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Dr. Carlos Cabral.

Naturalmente que, nestas situações, a menos que todo o processo seja claro e público, pairará sempre uma desnecessária suspeita de favorecimento familiar e tornará a referida Técnica, numa "porta de entrada" para todos aqueles que queiram acusar o senhor presidente da Câmara Municipal da Mealhada de ceder a pedidos de "cunha". Conhecendo a "verticalidade" do Sr. presidente Carlos Cabral e da restante equipa, tenho a certeza que não terá sido esta a situação, mas tenho igualmente a certeza que paira uma quantidade razoável de dúvida para que a população se pergunte sobre tudo isto.

Considero assim, que sendo paga por financiamento público e trabalhando na "coisa" pública, é de todo o interesse da Srª Engenheira, esclarecer o seu processo de contratação de modo a salvaguardar, nomeadamente, a posição pública do seu sogro e dissipando de uma vez por todas , todas as suspeitas que possam pairar sobre o seu processo de contratação.

6 comentários:

Ana Sampaio disse...

Perdoem a minha ignorância, mas Eng.ª faz parte do nome???

Carmelita Calçado disse...

Isto é o país dos doutores e engenheiros.Para se usar o titulo de Dr.ou se é médico ou se é Doutorado.Uma mera licenciatura não é válida para a utilização deste título.Mas a vaidade é inimiga do decoro e da vergonha e portanto há por aí uns pacóvios que quando assinam fazem questão de o mencionar:-para que conste!Uns laparotositos a armar ao fino.Esquecem-se das origens,dos sacrificios que uns pais humildes tiveram que amargar para eles armarem no jardim das vaidades e do faz de conta.Já lá diz o ditado que para fazer um homem ou mulher bastam alguns segundos,mas para fazer um senhor/senhora são precisas 7 gerações.Portanto à maior parte dos licenciaditos que aí andam a armar ainda lhes falta o chá de 6 gerações.E isso não se compra,nem tão pouco vem apenso ao canudo!!!
E vem isto a propósito do comentário anterior,mas não só:
Na Fundação Mata do Buçaco existe uma colaboradora que faz menção de frisar na correspondência o título de Drª,coisa que para ela deve revestir-se de coisa de grande importância.Melhor fora que se preocupasse em aprender a escrever em Português correcto,coisa em que é perfeitamente inapta e que seria importante visto que o faz em nome da Fundação.Também seria bom que fosse uma boa profissional da área em que trabalha(Turismo)porque nesta área já demonstrou que não tem o mínimo de "estaleca" nem experiência.É uma vergonha que a Fundação Mata do Buçaco que deveria sêr tratada como coisa séria,esteja entregue a gente que só lá está porque é prima do sobrinho do "coiso e tal" ou é namorada do fulano que também se encostou profissionalmente ao abrigo dos compadrios políticos.A Fundação merece bons profissionais,com traquejo e experiência,com amôr à camisola da Mata e com a consciência que o património que lhes foi dado a cuidar não vive de clubes de amigalhaços que só agora é que se lembraram do Buçaco.Para todos eles a excomunhão é pouco.Que se cumpra a Bula Papal escrita a cinzel nas Portas de Coimbra!-Já,e antes que se delapide o que tanto demorou a construir.

D'artagnan disse...

A Liliana fez um bom trabalho na Junta de Turismo do Luso nomeadamente com a criação de visitas guiadas à mata (na altura inexistentes), é simpática por natureza logo pode ser um bom elemento em termos de relações públicas, é trabalhadora (por várias ocasiões teve mais do que um emprego para conseguir terminar os estudos), teve um cargo de recepcionista sob as ordens de um bom profissional de hotelaria deste concelho (leia-se Pedro Costa - Hotel Bragança)e, por acaso, é namorada do Sr. Gabriel Trindade, um lusense genuíno ligado a um núcleo de jovens que há mais de 25 anos tenta fazer alguma coisa de positivo pelo Bussaco.

Naturalmente que, o "Drª" com que assina, lhe fica mal e chega a roçar o ridículo... mas como já tantas vezes provou, quando é bem orientada e chefiada, não só tem valor como se supera. Assim sendo, parece-me que o problema se encontra na falta de experiência da chefia e não no voluntarismo, tantas vezes "naif" da Liliana.

Por outro lado, gostaria de retomar o tema do post que, não é de todo, sobre a Liliana, mas sobre a Engª Anabela Bem-Haja.

Já agora, gostaria de esclarecer que, neste caso, "Engª" deverá fazer parte do nome, já que, é no exercício dessa função e não a título pessoal, que ela se encontra com capacidade técnica para orientar os desbastes efectuados no Bussaco.

Não se desorientem.... :-))))))))

Ana Sampaio disse...

"Para quem não saiba, o técnico na área florestal ao serviço da Fundação Mata do Bussaco chama-se Eng.ª Anabela Bem-Haja Saraiva..."
Do conhecimento que tenho da língua portuguesa Eng.ª não é nome, mas sim adjectivo. Logo a Senhora não se chama “Eng.ª Anabela Bem-Haja Saraiva”, mas sim Anabela Bem-Haja Saraiva.

D'artagnan disse...

:-)))))))

Olha o passarinho! disse...

Subscrevo inteiramente o post do Carmelita Calçado.E contata-se também que esta terra é demasiado pequena e chegam sempre os "paninhos quentes"para desculpabilizar as incompetências.Porque todos se conhecem,claro.Ter tido um bom professor não significa sêr-se um bom aluno e muito menos um dia sêr-se um bom profissional!Os passeios guiados à Mata não são nenhum exercicio de espirito criativo e inovador:-Há passeios guiados aos molhos por esse país fora.E qualquer jovem de férias com alguns conhecimentos da zona e do património o faz.No post do Carmelita creio,se bem entendi, que o que se comentava era a competência,a experiência e a sensatez.É disso que este País precisa a todos os níveis e a FMB não é excepção.Porque é paga pelo Zé Povinho,que os euros não são o maná que cai Mata abaixo em dias de Suão.E ou pessoas se convencem que dotar os postos de trabalho da pessoa certa para o lugar certo é o único critério racional ou as instituições cairão em descrédito total e ao contrário de Midas, o dinheiro e o património pertença de todos nós em vez de se transformar em ouro transformar-se-á em me..a!